sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Navio-fantasma é encontrado à deriva em alto-mar

Um navio russo em ruínas, que está à deriva em alto-mar há um mês, foi localizado a 2.400 km da costa oeste da Irlanda, de acordo com uma agência de inteligência dos Estados Unidos.

Sem tripulação a bordo, exceto ratos, sem luzes que alertam sua presença, o navio russo Lyubov Orlova ficou à deriva no final de janeiro, e as autoridades marítimas não sabiam até o momento sua localização precisa.
Um relatório da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial consultado pela AFP indica que o navio foi localizado nas coordenadas 044-51.34W e 49-22.70N, a cerca de 1.300 milhas náuticas (2.400 km) da costa irlandesa.

As informações constam da "Edição Atlântica do Memorando Diário", um documento da agência de inteligência marítima que analisa imagens de satélite e produz mapas detalhados para o governo americano.

O Lyubov Orlova, construído em 1976, partiu da ilha canadense de Newfoundland em 23 de janeiro rebocado por um rebocador. Deveria ir para a República Dominicana, onde o seu proprietário, um comerciante de sucatas, tinha a intenção de atracá-lo. Mas o cabo que o ligava ao rebocador quebrou no dia seguinte à partida, e o "Lyubov Orlova" ficou à deriva como um navio fantasma.

A Autoridade de Transporte do Canadá não parecia se importar com seu paradeiro, e chegou a reconhecer na segunda-feira que não sabia onde estava, mas as autoridades disseram que o proprietário é responsável por seus movimentos.
O navio rapidamente atingiu águas internacionais, sem luz, de acordo com a associação Robin Hood, e sem balizas de localização, segundo as autoridades canadenses.

No caso de um barco à deriva com passageiros a bordo, a Convenção Internacional para a Salvaguarda do Mar pode ser aplicada, mas nada está previsto para o caso de um barco vazio, disse à AFP na quarta-feira Jacky Bonnemain, porta-voz da associação ecologista Robin Hood.

Bonnemain alertou para o risco de um acidente "em uma área de intenso tráfego marítimo" e poluição.

Fonte:AFP - Agence France-Presse

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