segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Convertidos que abandonaram o islamismo são decapitados

Extremistas islâmicos do grupo rebeldes Al-Shabaab da Somália decapitaram na sexta-feira (16) um cristão na cidade costeira de Barawa. O jovem era acusado de ser um espião e abandonar o islã.

Farhan Haji Mose tinha 25 anos de idade e, segundo fontes cristãs, ele foi vigiado por seis meses, antes de ser morto.

Nascido em família muçulmana, Mose despertou suspeitas quando ele voltou para a Somália, no final do ano passado, após passar um tempo no Quênia, onde se converteu. Enquanto a Somália é quase 100 por cento muçulmana, 83% dos quenianos são cristãos.

domingo, 18 de novembro de 2012

Comissão investigará como as igrejas agiam frente a ditadura

Padres, pastores e outros religiosos que colaboraram com a ditadura militar ou foram perseguidos por ela serão investigados pela Comissão Nacional da Verdade. O levantamento sobre a atuação das igrejas católicas e evangélicas no período será feito por um novo grupo de trabalho, que reúne-se em São Paulo para organizar os estudos.

"Aqueles que resistiram são mais conhecidos do que os que colaboraram. É muito importante refazer essa história", disse o coordenador do grupo e membro da Comissão da Verdade Paulo Sérgio Pinheiro.

Pesquisadores usarão depoimentos, documentos, teses e arquivos de órgãos internacionais para apurar detalhadamente o papel das igrejas na ditadura. "O caso da Igreja Católica foi mais visível no apoio ao golpe de Estado, mas esse apoio rapidamente se transformou numa situação de crítica e de resistência", diz Pinheiro.

Os resultados das pesquisas vão compor um capítulo do relatório final da Comissão Nacional da Verdade. O texto apontará violações de direitos humanos e seus autores, mas o grupo não tem poder de punir. "Podemos indicar elementos de igreja trabalhando como informantes, mas não condená-los."

O presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, bispo Carlos de Castro, lembra que religiosos colaboraram com o regime. "Houve pastores que inclusive trabalharam infiltrados, eram agentes do Dops". Mas ele nega que essa tenha sido a posição oficial das igrejas.

O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, informou que aguardará manifestação da CNBB. A CNBB disse que não se pronunciará enquanto não souber como serão as investigações.

Folha de São Paulo