Dois adolescentes morreram nesta terça-feira (19) no terceiro bombardeio aéreo israelense em Gaza em 24 horas, o que eleva a seis o número de palestinos falecidos na última escalada de tensão na zona, na qual o Hamas lançou quatro foguetes, informaram fontes médicas.
O último bombardeio aconteceu durante a madrugada contra um grupo de homens armados que "colocavam uma bomba junto à cerca de segurança no centro de Gaza", informou uma porta-voz militar.
Os soldados demoraram a permitir que as ambulâncias palestinas tivessem acesso aos corpos, segundo fontes médicas e da segurança palestinas.
Quando os serviços de emergências recolheram os corpos sem vida, na parte oriental da faixa, os identificaram como dois civis de 16 anos.
Trata-se de Mohammed Abu Meileq e Mohammed al-Telbani, ambos do campo de refugiados de Deir el-Balah, no centro de Gaza, precisaram médicos no Hospital Shuhada al-Aqsa, onde chegaram mortos.
Os médicos sublinharam que os adolescentes não eram milicianos e que morreram pelo impacto de um míssil. Ashraf al Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde do Governo de Gaza, disse à imprensa que os dois palestinos morreram à noite e que só foram transferidos ao hospital de manhã.
Durante a madrugada, milicianos das Brigadas de Ezedin al-Qassam, braço armado do Hamas, lançaram desde a faixa quatro foguetes contra o território israelense, que não causaram vítimas nem danos materiais.
"É um aviso a Israel para que detenha a escalada e os ataques a nossa gente na Faixa de Gaza", advertiu o grupo armado em comunicado no qual se responsabilizava pelos ataques.
Para evitar represálias, o Hamas, movimento islamita que controla Gaza, freou nos últimos anos o lançamento de projéteis contra Israel, que são disparados geralmente por grupos radicais.
As forças de segurança israelenses mantêm alerta máximo em torno da fronteira com a faixa, depois de quatro milicianos palestinos terem morrido ontem em dois bombardeios aéreos.
À tarde, dois milicianos foram abatidos na cidade de Beit Hanoun, no extremo norte da faixa, quando tentavam disparar foguetes contra solo israelense, segundo testemunhas. Outros dois, esses do braço armado da Jihad Islâmica, haviam morrido horas antes em outro ataque da Força Aérea israelense na mesma zona.
Fonte : R7
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