3º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 05 - 29/07/2012 - "AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ"
LIÇÃO Nº 05 - DATA: 29/07/2012
TÍTULO: “AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ”
TEXTO ÁUREO – I Tm 5.3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 2.35-38; Tg 1.27
I – INTRODUÇÃO:
A viúva era classificada, juntamente com o "órfão” e o "peregrino" desde os primórdios dos tempos bíblicos, como alguém de quem se deveria sinceramente ter compaixão (Dt 14.29; 16.11; 24.19; 26.12; Sl 94.6).
II - O FUTURO DA VIÚVA:
O futuro ideal para uma viúva era casar-se de novo. Até que esta oportunidade surgisse, ela poderia ficar na casa do seu pai (Gn 38.11) ou até mesmo na casa da sua sogra (Rt 1.16).
Se a filha de um sacerdote se tornasse viúva sem filhos, ela poderia voltar para sua casa, onde ainda poderia comer da comida do seu pai (Lv 22.13).
Sob uma provisão conhecida como o "matrimônio do levirato", um irmão ou parente mais próximo de um marido falecido deveria, sob certas circunstâncias, se casar com a viúva (Dt 25.5-10; Gn 38.11). Um filho nascido por meio deste matrimônio seria considerado filho do homem falecido.
A preocupação para com o futuro da viúva parece confusa. Às vezes, a herança sobressai como fundamental nas providências apresentadas, e em outras vezes a preocupação é com a preservação de uma família intimamente unida.
A lei considerava o juramento de uma viúva como comprometedor (Nm 30.9). Em contraste, um marido poderia cancelar o voto da sua esposa. A viúva era tratada, neste exemplo, como uma pessoa legal especial, igual a um homem. Ao mesmo tempo era proibido ao sumo sacerdote casar-se com uma viúva (Lv 21.14). Esta proibição foi ampliada para ser aplicada a todos os sacerdotes (Ez 44.22).
III - AS LEIS DE MISERICÓRDIA RELATIVAS À VIÚVA:
Na prática real, a sorte da viúva parece ter sido muito difícil nos tempos bíblicos. Ela passou a ter cuidado especial do tribunal baseado na tese de que o próprio Deus é o protetor especial de viúvas (Sl 68.5).
Deus exerce justiça para com a viúva garantindo que ela seja provida de comida e roupas (Dt 10.18). Por outro lado, Deus amaldiçoou qualquer um que pervertesse a justiça devida a uma viúva (Dt 27.19).
Devem ficar disponíveis uvas, grãos e azeitonas para a viúva respigar (Dt 24.19-21)
Ela também participava do dízimo do terceiro ano, juntamente com o órfão e o peregrino (Dt 14.29)
IV - A DESCONSIDERAÇÃO DAS LEIS SOBRE A VIUVEZ:
O fato de que foram feitas leis para proteger as viúvas de tratamentos cruéis, é uma demonstração de que tais atos eram muito comuns. Os perversos são descritos em Jó 24.21 como aqueles que "não faz o bem à viúva". Porém, o próprio Jó "fazia rejubilar-se o coração da viúva" (29.13).
Uma das acusações mais fortes ao ímpio está em termos daqueles que "Matam a viúva e o estrangeiro e aos órfãos assassinam" (Sl 94.6). Quando os profetas acusam seu povo de injustiça, uma parte da evidência da precisão da acusação é o mau trato das viúvas (Is 1.23).
No "dia do Senhor" aqueles que oprimem os trabalhadores contratados, a viúva e o órfão serão os objetos de julgamento rápido (Ml 3.5).
Parece que a viúva era facilmente identificada pelos artigos de vestuário especiais que ela usava (Gn 38.14). O perverso tentava usar este vestuário como uma garantia para um empréstimo, assim a lei tinha que intervir e fazer disso uma prática ilegal (Dt 24.17).
V - VIÚVAS NA COMUNIDADE CRISTÃ:
Desde a fase mais antiga, a comunidade cristã fez do cuidado das viúvas uma responsabilidade sua (At 6.l; 9.39ss.).
Caridade sistemática deveria ser dada às viúvas quando elas eram idosas ou não tinham nenhum parente para sustentá-las. Esta obrigação pode ter sido deduzida do quinto mandamento.
As próprias viúvas se agrupavam como uma sociedade preocupada com ações de bondade para com o pobre. Jesus elogiou a viúva que deu toda sua renda para o Templo (Lc 21.2-4).
Na época em que as epístolas pastorais foram escritas, a comunidade cristã não tinha mudado sua atitude básica para com as viúvas, mas a experiência estava levando a alguma reconsideração (I Tim 5.3-16). Havia a necessidade de se distinguir entre aquelas que poderiam ser deixadas aos cuidados de parentes. Os recursos limitados da igreja compelia a tal restrição – I Tm 5.4.
Alguns segmentos da Igreja Primitiva aparentemente desenvolveram uma ordem oficialmente reconhecida de viúvas (I Tm 5.9-15). Esta referencia é a primeira descrição clara, na literatura cristã, de uma ordem deste tipo.
A discussão em I Tm 5.1-13 sugere um descontentamento considerável com o modo pelo qual a ordem estava operando. Várias qualificações são estabelecidas. A viúva tinha de fazer sessenta anos de idade para ser associada. Ela tinha de ser a esposa de somente um marido. Uma reputação de boas obras deveria ter sido adquirida. Esta caridade prática envolvia o cuidar de crianças, ser hospitaleira, lavar os pés de cristãos e aliviar as pessoas em aflição. Havia a preocupação de que a ordem das viúvas não tivesse em seu grupo aquelas que eram fofoqueiras intrometidas e errantes.
VI - USO FIGURATIVO DO TERMO “VIÚVA”:
Há alguns usos figurativos notáveis da palavra "viúva" no AT e no NT.
Por exemplo, a "virgem filha da Babilônia" que disse "eu serei senhora para sempre" se tornará viúva num dia (Is 47.1,7).
O termo também é aplicado pelo profeta para Israel em sua desolação, visto que é recomendado com insistência: "esquecerás da vergonha da tua mocidade e não mais te lembrarás do opróbrio da tua viuvez" (Is 54.4).
É difícil para Jerusalém ignorar sua desolação, assim o escritor clama com relação à cidade, "Tornou-se como viúva" (Lm l. 1).
O vidente cristão, no Livro de Apocalipse, ouve o mensageiro angelical falar de uma Babilônia caída, que estava tão orgulhosa que ostentava que "Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver" (Ap 18.7).
VII – VÁRIAS PASSAGENS BÍBLICAS QUE FALAM SOBRE A VIÚVA:
Abaixo e para encerrarmos, repassamos para os leitores diversas passagens bíblicas acerca do assunto viúva:
TÍTULO: “AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ”
TEXTO ÁUREO – I Tm 5.3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 2.35-38; Tg 1.27
I – INTRODUÇÃO:
A viúva era classificada, juntamente com o "órfão” e o "peregrino" desde os primórdios dos tempos bíblicos, como alguém de quem se deveria sinceramente ter compaixão (Dt 14.29; 16.11; 24.19; 26.12; Sl 94.6).
II - O FUTURO DA VIÚVA:
O futuro ideal para uma viúva era casar-se de novo. Até que esta oportunidade surgisse, ela poderia ficar na casa do seu pai (Gn 38.11) ou até mesmo na casa da sua sogra (Rt 1.16).
Se a filha de um sacerdote se tornasse viúva sem filhos, ela poderia voltar para sua casa, onde ainda poderia comer da comida do seu pai (Lv 22.13).
Sob uma provisão conhecida como o "matrimônio do levirato", um irmão ou parente mais próximo de um marido falecido deveria, sob certas circunstâncias, se casar com a viúva (Dt 25.5-10; Gn 38.11). Um filho nascido por meio deste matrimônio seria considerado filho do homem falecido.
A preocupação para com o futuro da viúva parece confusa. Às vezes, a herança sobressai como fundamental nas providências apresentadas, e em outras vezes a preocupação é com a preservação de uma família intimamente unida.
A lei considerava o juramento de uma viúva como comprometedor (Nm 30.9). Em contraste, um marido poderia cancelar o voto da sua esposa. A viúva era tratada, neste exemplo, como uma pessoa legal especial, igual a um homem. Ao mesmo tempo era proibido ao sumo sacerdote casar-se com uma viúva (Lv 21.14). Esta proibição foi ampliada para ser aplicada a todos os sacerdotes (Ez 44.22).
III - AS LEIS DE MISERICÓRDIA RELATIVAS À VIÚVA:
Na prática real, a sorte da viúva parece ter sido muito difícil nos tempos bíblicos. Ela passou a ter cuidado especial do tribunal baseado na tese de que o próprio Deus é o protetor especial de viúvas (Sl 68.5).
Deus exerce justiça para com a viúva garantindo que ela seja provida de comida e roupas (Dt 10.18). Por outro lado, Deus amaldiçoou qualquer um que pervertesse a justiça devida a uma viúva (Dt 27.19).
Devem ficar disponíveis uvas, grãos e azeitonas para a viúva respigar (Dt 24.19-21)
Ela também participava do dízimo do terceiro ano, juntamente com o órfão e o peregrino (Dt 14.29)
IV - A DESCONSIDERAÇÃO DAS LEIS SOBRE A VIUVEZ:
O fato de que foram feitas leis para proteger as viúvas de tratamentos cruéis, é uma demonstração de que tais atos eram muito comuns. Os perversos são descritos em Jó 24.21 como aqueles que "não faz o bem à viúva". Porém, o próprio Jó "fazia rejubilar-se o coração da viúva" (29.13).
Uma das acusações mais fortes ao ímpio está em termos daqueles que "Matam a viúva e o estrangeiro e aos órfãos assassinam" (Sl 94.6). Quando os profetas acusam seu povo de injustiça, uma parte da evidência da precisão da acusação é o mau trato das viúvas (Is 1.23).
No "dia do Senhor" aqueles que oprimem os trabalhadores contratados, a viúva e o órfão serão os objetos de julgamento rápido (Ml 3.5).
Parece que a viúva era facilmente identificada pelos artigos de vestuário especiais que ela usava (Gn 38.14). O perverso tentava usar este vestuário como uma garantia para um empréstimo, assim a lei tinha que intervir e fazer disso uma prática ilegal (Dt 24.17).
V - VIÚVAS NA COMUNIDADE CRISTÃ:
Desde a fase mais antiga, a comunidade cristã fez do cuidado das viúvas uma responsabilidade sua (At 6.l; 9.39ss.).
Caridade sistemática deveria ser dada às viúvas quando elas eram idosas ou não tinham nenhum parente para sustentá-las. Esta obrigação pode ter sido deduzida do quinto mandamento.
As próprias viúvas se agrupavam como uma sociedade preocupada com ações de bondade para com o pobre. Jesus elogiou a viúva que deu toda sua renda para o Templo (Lc 21.2-4).
Na época em que as epístolas pastorais foram escritas, a comunidade cristã não tinha mudado sua atitude básica para com as viúvas, mas a experiência estava levando a alguma reconsideração (I Tim 5.3-16). Havia a necessidade de se distinguir entre aquelas que poderiam ser deixadas aos cuidados de parentes. Os recursos limitados da igreja compelia a tal restrição – I Tm 5.4.
Alguns segmentos da Igreja Primitiva aparentemente desenvolveram uma ordem oficialmente reconhecida de viúvas (I Tm 5.9-15). Esta referencia é a primeira descrição clara, na literatura cristã, de uma ordem deste tipo.
A discussão em I Tm 5.1-13 sugere um descontentamento considerável com o modo pelo qual a ordem estava operando. Várias qualificações são estabelecidas. A viúva tinha de fazer sessenta anos de idade para ser associada. Ela tinha de ser a esposa de somente um marido. Uma reputação de boas obras deveria ter sido adquirida. Esta caridade prática envolvia o cuidar de crianças, ser hospitaleira, lavar os pés de cristãos e aliviar as pessoas em aflição. Havia a preocupação de que a ordem das viúvas não tivesse em seu grupo aquelas que eram fofoqueiras intrometidas e errantes.
VI - USO FIGURATIVO DO TERMO “VIÚVA”:
Há alguns usos figurativos notáveis da palavra "viúva" no AT e no NT.
Por exemplo, a "virgem filha da Babilônia" que disse "eu serei senhora para sempre" se tornará viúva num dia (Is 47.1,7).
O termo também é aplicado pelo profeta para Israel em sua desolação, visto que é recomendado com insistência: "esquecerás da vergonha da tua mocidade e não mais te lembrarás do opróbrio da tua viuvez" (Is 54.4).
É difícil para Jerusalém ignorar sua desolação, assim o escritor clama com relação à cidade, "Tornou-se como viúva" (Lm l. 1).
O vidente cristão, no Livro de Apocalipse, ouve o mensageiro angelical falar de uma Babilônia caída, que estava tão orgulhosa que ostentava que "Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver" (Ap 18.7).
VII – VÁRIAS PASSAGENS BÍBLICAS QUE FALAM SOBRE A VIÚVA:
Abaixo e para encerrarmos, repassamos para os leitores diversas passagens bíblicas acerca do assunto viúva:
Caráter das verdadeiras viúvas – Lc 2.37; I Tm 5.5, 10
Expostas a muitas tentações, quando jovens – I Tm 5.11-14
Exortadas a confiarem em Deus – Jr 49.11
A Igreja primitiva cuidava das viúvas, de forma especial – At 6.1; I Tm 5.9
Com muita frequencia se dedicavam inteiramente ao serviço de Deus – Lc 2.37; I Tm 5.10
Expostas a muitas tentações, quando jovens – I Tm 5.11-14
Exortadas a confiarem em Deus – Jr 49.11
A Igreja primitiva cuidava das viúvas, de forma especial – At 6.1; I Tm 5.9
Com muita frequencia se dedicavam inteiramente ao serviço de Deus – Lc 2.37; I Tm 5.10
DEUS...
Certamente ouve seu clamor – Ex 22.23
Julga sua causa – Dt 10.18; Sl 68.5
Alivia-as – Sl 146.9
Mantém a herança das mesmas – Pv 15.25
Testificará contra seus opressores – Ml 3.5
Maldição contra perverter o juízo das viúvas – Dt 27.19
Advertência contra seus opressores – Is 10.1-2
As bênçãos aos que aliviam as viúvas – Dt 14.29
Estão isentas de todas as obrigações para com o marido falecido, podendo casar-se novamente – Rm 7.3
Vestiam luto, em vista do falecimento do marido – Gn 38.14, 19; II Sm 14.2, 5
Repreensão ligada às viúvas – Is 54.4
O aumento do número de mulheres viúvas em virtude de punição – Ex 22.24; Jr 15.8; 18.21
AS VIÚVAS NÃO DEVEM SER...
Afligidas – Ex 22.22
Oprimidas – Jr 7.6; Zc 7.10
Tratadas com violência – Jr 22.3
Privadas de cobertas – Dt 24.17
Certamente ouve seu clamor – Ex 22.23
Julga sua causa – Dt 10.18; Sl 68.5
Alivia-as – Sl 146.9
Mantém a herança das mesmas – Pv 15.25
Testificará contra seus opressores – Ml 3.5
Maldição contra perverter o juízo das viúvas – Dt 27.19
Advertência contra seus opressores – Is 10.1-2
As bênçãos aos que aliviam as viúvas – Dt 14.29
Estão isentas de todas as obrigações para com o marido falecido, podendo casar-se novamente – Rm 7.3
Vestiam luto, em vista do falecimento do marido – Gn 38.14, 19; II Sm 14.2, 5
Repreensão ligada às viúvas – Is 54.4
O aumento do número de mulheres viúvas em virtude de punição – Ex 22.24; Jr 15.8; 18.21
AS VIÚVAS NÃO DEVEM SER...
Afligidas – Ex 22.22
Oprimidas – Jr 7.6; Zc 7.10
Tratadas com violência – Jr 22.3
Privadas de cobertas – Dt 24.17
AS VIÚVAS DEVEM SER...
Protegidas – Is 1.17
Honradas, quando verdadeiramente viúvas – I Tm 5.3
Aliviadas por seus amigos – I Tm 5.4, 16
Visitadas em suas aflições – Tg 1.27
Permitidas compartilhar de nossas bênçãos – Dt 14.29; 16.11, 14; 24.19-21
Liberais, embora pobres – Mc 12.42-43
OS SANTOS...
Honradas, quando verdadeiramente viúvas – I Tm 5.3
Aliviadas por seus amigos – I Tm 5.4, 16
Visitadas em suas aflições – Tg 1.27
Permitidas compartilhar de nossas bênçãos – Dt 14.29; 16.11, 14; 24.19-21
Liberais, embora pobres – Mc 12.42-43
OS SANTOS...
Dão alívio às viúvas – At 9.39
Dão alegria às viúvas – Jó 29.13
Não as desapontam – Jó 31.16
OS ÍMPIOS...
São perversos para com as viúvas – Jó 24.21
Mandam-nas embora, sem ajuda – Jó 22.9
Recebem penhores das viúvas – Jó 24.3
Rejeitam sua causa – Is 1.23
Humilham as viúvas – Ez 22.7
Tomam as viúvas como presa – Is 10.2; Mt 23.14
Matam as viúvas – Sl 94.6
LEIS CONCERNENTES À VIUVEZ:
Não podiam ser oprimidas – Ex 22.22; Dt 27.19
Suas vestes não podiam ser recebidas como penhor pelos credores – Dt 24.17
Tinham de cumprir seus votos – Nm 30.9
Não podiam casar-se com sacerdotes – Lv 21.14
Podiam respigar nos campos e vinhas – Dt 24.19
Participavam do dizimo trienal – Dt 14.28-29; 26.12-13
Participavam dos regozijos públicos – Dt 16.11, 14
Se fossem filhas de sacerdotes e sem filhos, participavam das coisas santas – Lv 22.13
Se não tinham filhos, casavam-se com o parente (solteiro) mais próximo de seu marido - Dt 25.5-6; Rt 3.10-13; 4.4-5; Mt 22.24-26
FONTES DE CONSULTA:
Bíblia Nova Vida; Enciclopédia da Bíblia Cultura Cristã – Editora Cultura Cristã – Merril C.Tenney
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