terça-feira, 7 de agosto de 2012

Rebeldes matam 16 sírios, incluindo cristãos e alauitas, diz grupo opositor

O grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos informou nesta terça-feira que forças contrárias ao regime de Bashar Assad fizeram um ataque a uma casa na Província de Homs, região central do país, deixando 16 mortos, sendo a maioria de etnia alauita e religião cristã.
Civis cruzam fronteira informal da Turquia, na província síria de Idlib, procurando escapar da violência crescente em seu país

De acordo com a organização, que tem sede em Londres, os mortos pertencem a famílias de empregados de uma companhia de eletricidade da cidade de Jandar, a 30 km da cidade de Homs. Os rebeldes abriram fogo e mataram seis alauitas, incluindo o diretor do centro, seis cristãos e quatro sunitas.


O anúncio do Observatório, que faz oposição a Assad, menciona pela primeira vez a etnia dos mortos nos confrontos. A etnia alauita é a mesma do ditador sírio e é minoritária em relação aos sunitas, que compõem a maioria dos grupos rebeldes.

Além das duas etnias, a população do país também é composta por curdos e cristãos. Caso confirmado, o ataque desta terça-feira mostra o rumor de que o conflito entre oposição e Assad se transforme em uma guerra sectária.

Mais cedo, a secretária de Estado americana, cobrou sinais para evitar que os enfrentamentos se transformem em um conflito sectário.

"Nós temos que enviar sinais bem claros sobre evitar uma guerra sectária. Estes que tentam explodir a situação mandando enviados ou combatentes terroristas precisam perceber que não serão tolerados".

JORDÂNIA

O rei da Jordânia, Abdullah 2º, advertiu nesta terça que o ditador sírio poderia buscar refúgio em uma região alauita caso seu regime seja derrocado. Em entrevista à emissora de televisão americana CBS, o monarca disse que o país pode se dividir e ter um enfrentamento étnico durante décadas caso Assad consiga se reunir em um bastião alauita.

"Tenho a sensação de que se ele não puder controlar todo o país, provavelmente um encrave alauita seja seu plano B", disse Abdullah 2º. "Assad poderia se refugiar nas montanhas do nordeste sírio, que é o lugar que concentra sua minoria étnica".

A outra opção vislumbrada pelo mandatário é a prolongação do conflito, com ataques constantes, e diz que o vizinho corre risco de "cair em um abismo" se não encontra uma solução rápida à crise

fonte: folha

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