domingo, 9 de setembro de 2012

Judeus e simpatizantes fazem flash mob contra a intolerância

Após dois graves ataques anti-semitas contra judeus na Alemanha, Walter Homolka, diretor do Colégio Rabínico Potsdam fez um pedido aos judeus do país, que resultou em uma resposta oposta.
Mais de 1.000 alemães, judeus e não-judeus fizeram um “flash mob” para “responder” ao pedido de um rabino que aconselhou os judeus a não usarem a cobertura de cabeça que identifica os judeus.

Um campanha no Facebook convocando para um “Flash Mob de kipá” atraiu centenas de respostas.

Em uma sinagoga com policiais do lado de fora para oferecer segurança, o rabino Yitschac Ehrenberg disse à sua congregação: “Esse não é um bom conselho. Eu sou um israelense e não tenho medo. Estive em Berlim por 16 anos e em Munique ao longo de sete anos. Eu ande de metrô e uso um kipá. Eu nunca fui ameaçado ou atacado. No que se refere a usar o kipá, o Talmud diz que deve-se evitar lugares perigosos… Mas Berlim não é um lugar perigoso. Nós não temos medo e não vamos parar de cobrir as nossas cabeças. Shabat Shalom! Um sábado tranquilo!”

No dia seguinte, judeus e não-judeus, incluindo personalidades públicas, marcharam juntos cada um com o kipá em sua cabeça.

O anti-semitismo aumentou nos últimos tempos, especialmente depois que o rabino de Berlim David Alter foi atacado na presença de sua filha de seis anos de idade. Quatro jovens se aproximaram e perguntaram se ele era judeu, e então desferiram um soco que quebrou um osso da face do rabino. Depois, um dos atacantes, aparentemente árabe, virou para a filha de Alter e gritou: “Eu vou matar você!”.

Foi esse episódio que gerou o pedido do rabino de Potsdam desencorajando os judeus a atrair a atenção do público em geral, usando um kipá.

O jornal Berliner-Zeitung, com a maior tiragem da capital Berlim, exibiu a manchete “Berlim está usando um kipá” e mostrou imagens de muitos berlinenses famosos usando um kipá. Muitos participantes do flash mob eram cristãos ou muçulmanos que fizeram isso por solidariedade.

O rabino Alter, que já havia saído do hospital, também participou do movimento e recebeu o que ele chamou de “demonstração efusiva de apoio moral.” Ele disse ainda ao Die Welt que o incidente não irá mudar seu compromisso com o diálogo inter-religioso. “Minhas fundações não estão abaladas”, disse ele. “Muitas pessoas entraram em contato comigo para lamentar, me desejar uma recuperação rápida e dizer que condenam o que aconteceu comigo.”

Alter disse que ele havia sido ofendido verbalmente com frequência antes do incidente, mas não imaginava o quão agressivas essas pessoas poderiam ser.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita condenou o ataque como um “terrível ato de racismo.”Em Jerusalém, um porta-voz disse que Israel esperava que as autoridades alemãs traria os agressores à justiça.

As manchetes nacionais da mídia na Alemanha perguntavam de onde vem esse ódio. Especialistas em islamismo apontaram para os canais de TV via satélite, que cada vez mais tornam possível que os programas de países muçulmanos sejam visto na Europa.

Duas semanas atrás, a “marcha do kipá” foi realizada em Malmo, na Suécia, onde os crimes de ódio contra judeus têm ocorrido principalmente por causa do aumento da comunidade de imigrantes muçulmanos. O Ministro Birgitta Ohlsson reuniu líderes judeus locais no evento, que atraiu centenas de judeus e simpatizantes.

(Traduzido por Gospel Prime de Israel National News e World Crunch)



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