Em entrevista ao G1 nesta quarta-feira (29), antes do culto “Quarta Louca por Jesus”, ele não se intimidou em repetir o ato, defendido como uma das muitas “loucuras por Jesus” já realizadas por ele.
“Desrespeito é não ler a Bíblia. É não crer nela. Desrespeitar a Bíblia é se dizer cristão em época de eleição e não dar exemplo após ser eleito”, afirma o pastor Lucinho, que trabalha com jovens há mais de 20 anos. Segundo ele, a foto foi tirada há um ano, com várias outras em que ele simula comer a Bíblia ou usá-la como arma, para divulgação.
Lucinho explica que o objetivo da imagem não é atingir os religiosos, mas sim quem precisa. “Vivemos a epidemia do crack, das drogas. Cada vez mais cedo, os jovens e adolescentes de todas as classes estão tendo suas vidas perdidas. Imagino que chegar para um jovem e dizer ‘Deus te ama, vá para a igreja’ não adianta. Mas posso chocar o cara e dizer para ele que há algo muito melhor para colocar para dentro e encher a cabeça”, diz.Para o pastor, o objetivo está sendo cumprido, uma vez que vários jovens o procuram por curiosidade ou vontade própria e mudam de vida. “Meu desejo é que as pessoas venham conhecer a Deus com o mesmo ímpeto que o usuário vai para a cocaína, com a mesma vontade. Não imaginei que fosse ter essa repercussão, mas quando vi a proporção na internet, achei engraçado. Porque já fiz coisas muito mais radicais”, diz ele.
“Eu leio a Bíblia todo dia. Já passei 30 dias caminhando com a Bíblia 24 horas sem largar. Já pedi para confeccionar uma Bíblia comestível e comi as páginas durante uma pregação”, conta.
Muitas pessoas compareceram no culto “Quarta Louca por Jesus”, nesta quarta. Crianças e jovens comentavam sobre a polêmica da foto. O analista Estevão Abreu disse que trouxe convidados que ficaram curiosos e foram ouvir e conhecer de perto o pastor Lucinho.
A publicitária Isabela Pahins defendeu o objetivo do pastor.”Fiquei surpresa com a repercussão, não imaginava essa dimensão. Mas as pessoas são livres para achar o que quiserem. Para mim, passa a imagem de alguém louco por Cristo”, disse.
O monitor Ivan Demoner também defende o pastor. “Você vê mais gente preocupada em criticar que fazer o que o Evangelho manda. São fariseus modernos”, opina. “A gente conhece o pastor Lucinho, ele prega aqui há três anos, todas as semanas. Vemos a vida dele com Deus e quantas vidas quesão transformadas”, afirma.
Fonte: G1
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