segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Igreja Mórmon quer ser a maior do mundo nos próximos anos

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD), mais conhecida como Igreja Mórmon, deseja se tornar nos próximos 100 anos a maior denominação cristã do mundo e a segunda maior religião em número de adeptos, perdendo apenas para o Islã.

O chamado “momento mórmon” está se consolidando nos Estados Unidos, onde a igreja nasceu, muito por causa da possibilidade de terem como presidente Mitt Romney, um mórmon. Mas também devido às mudanças em suas regras nos últimos tempos.
Mark Koltko-Rivera, um cientista social premiado, faz essa análise em seu livro mais recente, The Rise of the Mormons: Latter-day Saint Growth in the 21st Century [O surgimento dos mórmons: o crescimento dos santos dos últimos dias no século 21].

Ao contrário do que sempre se acreditou, Koltko-Rivera relata que mais de 90% do crescimento Mórmon é resultado dos batismos de novos convertidos e não os batismos de crianças criadas na fé de seus pais.O tipo de trabalho missionário dos Mórmons é um dos maiores responsáveis pelo crescimento da igreja. Koltko-Rivera afirma que a curva de crescimento da igreja mórmon diminuiu depois de 1990, quando a igreja enviou esforços missionários para muitas áreas novas, onde o trabalho missionário era mais difícil, como as nações do antigo bloco soviético, e outros países da Ásia e África. No entanto, vários destes países agora mostram um enorme crescimento dos SUD. Em especial a Rússia, que viu um aumento de 83% no número de adeptos entre o final de 1999 e 2009.

Segundo seus cálculos e considerando a atual taxa de crescimento, os SUD vão chegar a mais de 2,6 bilhão de membros em todo o mundo no ano 2120. A igreja mórmon pode se tornar a maior igreja dos EUA em 2106.

Os fatores que contribuem para esse crescimento é sua atitude positiva em relação à ciência, a sua doutrina que prega o potencial da humanidade e seus ensinamentos sobre uma pluralidade de mundos habitados em nosso universo.

Apenas duas semanas atrás, o limite de idade para os homens jovens serem enviados em missões de tempo integral foi reduzido de 19 para 18, enquanto o limite para as mulheres jovens que era de 21 agora é 19.

Como resultado, o número de pessoas se oferecendo para dedicar seu tempo em outros lugares subiu de uma média de 700 por semana para chegar agora aos 4.000. O número de inscritos para serem missionários “explodiu”, crescendo 471% – e mais da metade deles são mulheres. Esse crescente movimento pode resultar em quase meio milhão de pessoas se convertendo ao mormonismo a cada ano

Atualmente, a Igreja dos Santos dos Últimos Dias tem mais de 58.000 missionários ao redor do mundo, mas as mulheres totalizam menos de um quinto.

No ano passado, a igreja relatou que 281.312 pessoas haviam sido convertidos à sua fé. Uma média de cerca de cinco batismos para cada missionário.

As autoridades acreditam que as mudanças no limite de idade podem resultar em mais de 22.500 novos missionários no primeiro ano.

Se a taxa de cinco batismos por missionário se mantiver, isso significaria mais de 112.500 convertidos por ano. Mas se o número de missionários atingir a marca de 80.000, isso significaria cerca de 400.000 totais convertidos um ano.

O apóstolo dos SUD, Jeffrey R. Holland, afirma ter previsto que a mudança nos limite de idade provocaria um aumento de busca: “O Senhor está acelerando esse trabalho e ele precisa de mais missionários dispostos”.

Embora historicamente seja considerada uma seita não cristã, pois embora use a Bíblia dá mais valor ao chamado Livro de Mórmon, e nega que Jesus seja a encarnação de Deus Pai.

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