sábado, 3 de novembro de 2012

A Igreja onde Jesus teria sido sepultado deve milhões em contas de água

A igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, local onde segundo a crença cristã, Jesus teria sido crucificado e sepultado, tem uma dívida de US$ 2,3 milhões (R$ 4,6 milhões) com a companhia de água local.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo jornal israelense "Maariv".

A Igreja Grega Ortodoxa de Jerusalém, responsável pelo templo, teve suas contas congeladas por causa da dívida. A sede oficial da igreja fica no local.
De acordo com o jornal de Israel, a Igreja Grega Ortodoxa ameaça fechar o templo ao público se as contas não forem normalizadas. O Santo Sepulcro é um centro de peregrinação para milhões de cristãos de todo o mundo.

A igreja está localizada dentro da Cidade Velha de Jerusalém. A região onde ela foi construída contém a colina conhecida como Calvário, onde, de acordo com a crença cristã, Jesus foi crucificado e sepultado, tendo posteriormente ressuscitado no mesmo lugar.

A construção da igreja ocorreu na época do Império Romano, no século 4. O imperador romano Constantino, que oficializou o cristianismo como religião de Roma, ordenou que ela fosse erguida depois que sua mãe visitou o local e o identificou como sendo a área onde Cristo morreu.

AJUDA À IGREJA

O arcebispo de Constantina, Antonios Peristeris, que também é o secretário-geral da Igreja Grega Ortodoxa, não quis comentar a reportagem do "Maariv". Ele se limitou a dizer que a igreja está pagando as contas de água atuais normalmente, mas que seria um grande problema pagar a dívida acumulada no passado.

"Nós confiamos que Deus e que as pessoas nos ajudarão", disse ele, acrescentando que já pediu auxílio ao presidente de Israel, Shimon Peres, e ao primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu.

De acordo com o "Maariv", um acordo tácito existe há décadas entre a igreja e a prefeitura de Jerusalém, que exime a Igreja Ortodoxa de pagar pela água encanada da igreja do Santo Sepulcro.

No entanto, a companhia de água da região diz que há anos tenta conversar com a igreja para que uma nova solução seja encontrada. Ela diz que não corta a água do Santo Sepulcro para não atrapalhar as orações e atividades turísticas dos peregrinos.

Fonte: Folha de São Paulo

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