O programa experimental iniciou com a coleta de uma tonelada de óleo por mês, doada por escolas e órgãos públicos. Hoje são 60 toneladas e parceiros diversificados, como shopping centers, indústrias, hospitais, presídios, universidades e condomínios. Uma equipe de dez funcionários (internos e externos) atuam no programa, entre eles, dois especialistas em meio ambiente.
Dois caminhões e um veículo de menor porte buscam o óleo nos postos de coleta distribuídos em várias localidades do Recife, parte da Região Metropolitana do Recife (RMR) e parte do Agreste. A meta é atingir 100 toneladas/mês, cobrir toda a RMR e chegar à Zona da Mata em 2013.
Entusiasta do programa, a gerente de qualidade e desenvolvimento da ASA, Flávia Moura, explica que a empresa decidiu deflagrar a ação para contribuir com a preservação dos recursos hídricos. Foi identificada também pela área técnica a possibilidade de substitutir parte da borra de soja pelo óleo na composição do sabão em barra. “Além de contribuir para a imagem da empresa, o processo de fabricação ficou mais limpo, com efeitos menos nocivos para o meio ambiente”, diz.
Para chegar mais perto da população, as equipes do programa se deslocam para as comunidades da RMR a fim de desenvolver ações de educação ambiental, com foco no descarte correto e na reciclagem do produto. Como o foco do programa é a preservação dos recursos hídricos, a ASA foi a vencedora este ano do prêmio de Sustentabilidade Fiepe 2012.
A Compesa (Companhia de Saneamento de Pernambuco) é um dos principais parceiros da ASA na coleta de óleo de cozinha. O descarte incorreto do óleo no ralo da pia provoca o entupimento nas instalações internas e na própria rede coletora de esgotos. Além disso, pode poluir as águas dos mananciais. Só para se ter uma ideia: um litro de óleo pode comprometer até 25 mil litros de água.
Segundo dados da Compesa, no Brasil são descartados 9 bilhões de litros de óleo de cozinha por ano. Apenas 2,5% desse produto é reprocessado e aproveitado na cadeia produtiva. A Compesa mantém 13 postos coletores em todo o estado e quatro unidades móveis, que recolhem o óleo de cozinha em 50 condomínios.
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