sábado, 3 de novembro de 2012

Governo chinês discute fim da política de filho único até 2015

Uma instituição de pesquisa do governo chinês está instando os líderes do país a começar a revogação da limitação das famílias do país a um filho por casal imediatamente, permitindo dois filhos por casal a partir de 2015. Informou matéria traduzida no site da Folha nesta quinta-feira (1º).

Trata-se de uma ideia audaciosa para derrubar uma política que sempre foi impopular.

A Fundação de Pesquisa sobre o Desenvolvimento da China informou que a versão final de seu relatório será divulgada dentro de poucas semanas. Mas a mídia estatal chinesa recebeu cópias preliminares.A agência oficial de notícias chinesa, Xinhua, informou que a fundação recomenda que as famílias de algumas províncias sejam autorizadas a ter dois filhos já – a nova norma valeria para o país inteiro em 2015. Todas as restrições ao número de filhos por casal devem ser revogadas em 2020, nos termos da proposta.
A China pagou um preço elevado pela medida, que resultou em conflito social, altos custos de administração e um desequilíbrio entre o número de homens e o de mulheres, disse a Xinhua.

Ainda que sejam definidas resumidamente como “um filho por casal”, as normas reais chinesas são mais complicadas.

O governo restringe a maioria dos casais urbanos a uma criança, e permite duas crianças para as famílias rurais caso a primeira a nascer seja uma menina.

Existem numerosas outras exceções, além dessa, entre as quais regras mais frouxas para as famílias de minorias étnicas e um limite de duas crianças para casais que sejam formados por filhos únicos.

Cai Yong, professor de sociologia na Universidade da Carolina do Norte em Chappel Hill, afirma que o relatório tem peso especial porque o instituto de pesquisa opera sob o controle do Conselho de Estado.

Ele disse que considera notável que demógrafos empregados pelo Estado sugiram a mudança.

Fonte: Folha

Nenhum comentário: