Documentário 'O Profeta' traz depoimentos de líderes religiosos contra vídeo 'A Inocência dos Muçulmanos'. Produção amadora motivou manifestações violentas; embaixador dos EUA na Líbia foi uma das vítimas.
Dezenas de canais de TV e sites do Oriente Médio divulgarão a partir de hoje um documentário produzido pelo governo do Irã em resposta a um vídeo satirizando o profeta Maomé que em setembro gerou revolta e violência em países islâmicos.
O investimento de Teerã na concepção e na divulgação de um filme sobre o tema expõe a dimensão geopolítica da crise acerca da sátira contra o fundador do islã, que resultou na morte do embaixador dos EUA na Líbia.Batizado como "O Profeta", o documentário terá versões em farsi, árabe e inglês e será exibido principalmente por emissoras com teor religioso, como a TV Al Manar, do grupo libanês Hizbollah.
Rodado na Austrália, no Vaticano e na Arábia Saudita, entre outros países, o filme traz um perfil de Maomé e reúne depoimentos de líderes espirituais das principais religiões -mulás, rabinos, padres e monges budistas, entre outros- condenando os ataques ao islã.
O centro das críticas é "A Inocência dos Muçulmanos", um vídeo de 14 minutos produzido nos EUA por um cristão militante anti-islã no qual Maomé aparece como pedófilo e violento.
A gravação, que tem cenários precários e edição claramente amadora, seria o trailer de um longa-metragem que nunca foi localizado.
Divulgado no YouTube, o trailer deflagrou violentos protestos que deixaram vários mortos. Uma das vítimas foi o embaixador Christopher Stevens, que morreu na invasão do consulado americano em Benghazi, na Líbia.
Os protestos contra "A Inocência dos Muçulmanos" foram pacíficos no Irã. Mas o governo iraniano foi um dos mais ativos na condenação ao vídeo, tido por Teerã como prova do desprezo ocidental à multiplicação de governos islâmicos no rastro das revoltas árabes.
Dias após a crise, a organização Islã e Cristianismo, ligada ao governo iraniano, anunciou planos de produzir um documentário em defesa do profeta Maomé.
"'O Profeta' [é] uma resposta arrasadora a 'Inocência dos Muçulmanos', um filme-sacrilégio [...] que gerou ultraje pelo mundo", disse Mohamad Karimi, porta-voz da organização.
GOLPISTA
Em nome da liberdade de expressão, os EUA se recusam a processar o autor do filme anti-islã, Nakoula Basseley Nakoula, 55, pelo teor de suas ideias. Mas Nakoula, um cristão americano de origem egípcia, está atualmente na Califórnia, onde é processado por vários outros crimes, incluindo falsidade ideológica e fraude bancária.
Ele foi julgado ontem e condenado a um ano de detenção, acusado de violar os termos de sua liberdade condicional.
Fonte: Folha de São Paulo
Dezenas de canais de TV e sites do Oriente Médio divulgarão a partir de hoje um documentário produzido pelo governo do Irã em resposta a um vídeo satirizando o profeta Maomé que em setembro gerou revolta e violência em países islâmicos.
O investimento de Teerã na concepção e na divulgação de um filme sobre o tema expõe a dimensão geopolítica da crise acerca da sátira contra o fundador do islã, que resultou na morte do embaixador dos EUA na Líbia.Batizado como "O Profeta", o documentário terá versões em farsi, árabe e inglês e será exibido principalmente por emissoras com teor religioso, como a TV Al Manar, do grupo libanês Hizbollah.
Rodado na Austrália, no Vaticano e na Arábia Saudita, entre outros países, o filme traz um perfil de Maomé e reúne depoimentos de líderes espirituais das principais religiões -mulás, rabinos, padres e monges budistas, entre outros- condenando os ataques ao islã.
O centro das críticas é "A Inocência dos Muçulmanos", um vídeo de 14 minutos produzido nos EUA por um cristão militante anti-islã no qual Maomé aparece como pedófilo e violento.
A gravação, que tem cenários precários e edição claramente amadora, seria o trailer de um longa-metragem que nunca foi localizado.
Divulgado no YouTube, o trailer deflagrou violentos protestos que deixaram vários mortos. Uma das vítimas foi o embaixador Christopher Stevens, que morreu na invasão do consulado americano em Benghazi, na Líbia.
Os protestos contra "A Inocência dos Muçulmanos" foram pacíficos no Irã. Mas o governo iraniano foi um dos mais ativos na condenação ao vídeo, tido por Teerã como prova do desprezo ocidental à multiplicação de governos islâmicos no rastro das revoltas árabes.
Dias após a crise, a organização Islã e Cristianismo, ligada ao governo iraniano, anunciou planos de produzir um documentário em defesa do profeta Maomé.
"'O Profeta' [é] uma resposta arrasadora a 'Inocência dos Muçulmanos', um filme-sacrilégio [...] que gerou ultraje pelo mundo", disse Mohamad Karimi, porta-voz da organização.
GOLPISTA
Em nome da liberdade de expressão, os EUA se recusam a processar o autor do filme anti-islã, Nakoula Basseley Nakoula, 55, pelo teor de suas ideias. Mas Nakoula, um cristão americano de origem egípcia, está atualmente na Califórnia, onde é processado por vários outros crimes, incluindo falsidade ideológica e fraude bancária.
Ele foi julgado ontem e condenado a um ano de detenção, acusado de violar os termos de sua liberdade condicional.
Fonte: Folha de São Paulo
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