Na segunda-feira, a premiê Julia Gillard ordenou uma rara Comissão Real, a mais alta forma de investigação na Austrália, sobre como as igrejas, órgãos governamentais e outras organizações têm lidado com possivelmente milhares de acusações de abuso sexual de crianças.
O único cardeal da Austrália, George Pell, disse que a Igreja iria cooperar plenamente com o novo inquérito, o que pode obrigar as testemunhas a prestarem depoimento e produzirem documentos, e que ele não acreditava que a Igreja Católica foi o autor principal.
“Nós não estamos interessados em negar a extensão do delito na igreja católica. Nós nos opomos a ser algo exagerado, nós contestamos ser descrito como ‘se a Igreja fosse a única’”, disse Pell, que também é arcebispo de Sydney.
Gillard convocou o inquérito em face da crescente pressão política depois de relatos de que ordens dentro da Igreja Católica tinham encoberto acusações de abuso sexual e impedido investigações policiais durante várias décadas em Nova Gales do Sul e Victoria, os dois Estados mais populosos da Austrália.
Pell também disse que os padres deveriam se recusar a ouvir confissões de supostos agressores de crianças para garantir que os sacerdotes não fiquem presos ao sigilo do confessionário.
“Se o padre sabe de antemão sobre tal situação, o sacerdote deve se recusar a ouvir a confissão, este seria o meu conselho. Eu nunca ouviria a confissão de um padre que fosse suspeito de uma coisa dessas”, afirmou o sacerdote.
O ex-policial Peter Fox provocou um protesto nacional na semana passada, quando alegou que a Igreja Católica havia encoberto abusos cometidos por sacerdotes em Hunter Valley, região ao norte de Sydney. Suas acusações levaram a uma nova investigação que está sendo convocada.
A Igreja Católica é a maior da Austrália, com 5,4 milhões de fiéis, representando cerca de um em cada quatro australianos.
Fonte: Estadão
“Nós não estamos interessados em negar a extensão do delito na igreja católica. Nós nos opomos a ser algo exagerado, nós contestamos ser descrito como ‘se a Igreja fosse a única’”, disse Pell, que também é arcebispo de Sydney.
“Reconhecemos, com vergonha, a extensão do problema e eu lhes quero garantir que temos sido sérios na tentativa de erradicá-lo e lidar com ele”, disse a jornalistas em Sydney.
Gillard convocou o inquérito em face da crescente pressão política depois de relatos de que ordens dentro da Igreja Católica tinham encoberto acusações de abuso sexual e impedido investigações policiais durante várias décadas em Nova Gales do Sul e Victoria, os dois Estados mais populosos da Austrália.
Pell também disse que os padres deveriam se recusar a ouvir confissões de supostos agressores de crianças para garantir que os sacerdotes não fiquem presos ao sigilo do confessionário.
“Se o padre sabe de antemão sobre tal situação, o sacerdote deve se recusar a ouvir a confissão, este seria o meu conselho. Eu nunca ouviria a confissão de um padre que fosse suspeito de uma coisa dessas”, afirmou o sacerdote.
O ex-policial Peter Fox provocou um protesto nacional na semana passada, quando alegou que a Igreja Católica havia encoberto abusos cometidos por sacerdotes em Hunter Valley, região ao norte de Sydney. Suas acusações levaram a uma nova investigação que está sendo convocada.
A Igreja Católica é a maior da Austrália, com 5,4 milhões de fiéis, representando cerca de um em cada quatro australianos.
Fonte: Estadão
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