quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Pais defendem uso medicinal de maconha para menina de 7 anos

A luta de uma menina de 7 anos contra o câncer está provocando nos Estados Unidos uma grande discussão sobre o uso medicinal da maconha. Mykayla Comstock foi diagnosticada com leucemia em junho. Pouco depois, a garota entrou no Programa de Uso Medicinal da Maconha (Medical Marijuana Program), do Estado de Oregon. Passou a tomar um grama de óleo de maconha (cannabis), encapsulado em uma pílula. Hoje Mykayla toma duas pílulas por dia. Ela também toma um suco de cannabis, que não tem efeito tóxico porque não é aquecido. Segundo sua mãe, Erin Purchase, e Brandon Krenzler (namorado da mãe a quem a menina chama de pai), a doença regrediu rapidamente e Mykayla pôde, desde então, lidar com os duros efeitos colaterais de seu tradicional tratamento – a quimioterapia.

Há duas semanas, a história da menina foi contada por um repórter de Oregon que viu a página dela no Facebook. Erin e Krenzler passaram a receber duras críticas, contaram ao site The Daily Beast. O pai biológico da garota, Jesse Comstock, disse, na reportagem que iniciou toda essa repercussão, que, ao visitar a filha em agosto, encontrou-a fora de si. Erin afirma que recebeu e-mails falando que ela e seu companheiro não cumprem o papel de pais e mereciam ser presos.
“Espero que essas pessoas nunca tenham que ser o que sou”, diz Erin. “Espero que elas nunca tenham que sentir o que estou sentindo, o que ela está sentindo. Não estou drogando minha filha. Eu uso isso como medicamento. É maravilho. E penso que as pessoas deveriam saber isso.”

Há pesquisas que afirmam que o uso de maconha, especialmente entre menores de 18 anos, está associado a danos neuropsicológicos. Mas os pais de Mykayla afirmam que não se arrependem da opção de tratamento e que sua filha não é viciada na droga.

Erin, Krenzler e, principalmente, Mykayla receberam também muitas mensagens de apoio.

O que você acha do uso medicinal da maconha?

Deixando de lado a discussão sobre o uso da maconha, que a menina consiga superar a doença.

Fonte:Época

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