O diretor da publicação, Stephane Charbonnier, declarou à AFP que contou com o apoio de textos de cronistas muçulmanos para poder criar a biografia de Maomé através dos quadrinhos.
A reportagem foi nomeada de “A vida de Maomé” e não tem a intenção de provocar a fúria dos seguidores. “É uma biografia autorizada pelo Islã, já que foi redigida pelos muçulmanos. É uma recompilação do que cronistas muçulmanos escreveram sobre Maomé e nós simplesmente colocamos em imagens”, disse o publisher.
Charbonnier acredita que nem mesmo os muçulmanos mais instruídos se posicionarão contra a publicação e garante que o exemplar não tem segundas intenções e nem mensagens ofensivas.
Contudo, já há alguns muçulmanos se mostrando ofendidos com a revista. Entre eles o conselheiro político Ibrahim Kalin que trabalha para o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
“O diretor da Charlie Hebdo afirma que os quadrinhos não são ofensivos para os muçulmanos. Transformar a vida do profeta do Islã em personagem de quadrinhos é em si mesmo um erro”, disse.
Kalin se pronunciou pelo Twitter pedindo para que os muçulmanos ignorem a revista. “Trata-se de uma provocação. Recomendo aos muçulmanos que o ignorem”.
Fonte:Correiobraziliense
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