Após meses de negociações, a American Airlines e a US Airways votaram nesta quarta-feira (13), separadamente, a favor da fusão das duas empresas, criando a maior companhia aérea do mundo, afirmaram ao "Wall Street Journal" fontes ligadas à negociação. O acordo ocorreu mais de 14 meses depois da American Airlines entrar em recuperação judicial em novembro de 2011, e foi anunciado oficialmente nesta quinta-feira (14). A operação, que será limitada à troca de ações, está estimada entre US$ 10,5 bilhões e US$ 11 bilhões.
É a terceira maior fusão de empresas aéreas nos Estados Unidos desde 2008 e pode elevar os riscos de encarecimento de passagens aéreas e menos escolhas para consumidores, segundo a agência Reuters. Com a fusão, quatro empresas passam a controlar cerca de 83% de todos os assentos de voos dentro dos Estados Unidos, de acordo com o jornal "The Wall Street Journal".
A nova empresa manterá o nome da American Airlines e será sediada em Dallas, no Texas. Ela terá 94 mil empregados, 950 aviões e 6.500 voos diários, além de um total de vendas de quase US$ 39 bilhões.Em 2011, a American ocupava o terceiro lugar no ranking mundial das aéreas pelo critério de passageiros transportados, atrás das também americanas Delta Airlines e Southwest, de acordo com o último ranking da Iata, a associação internacional do setor. A US Airways estava em oitavo.
Pelo andamento das negociações, os credores da American, que pediram concordata em novembro de 2011, ficariam com 72% da nova companhia, e os 28% restantes ficariam nas mãos da US Airways.
As conversas também indicam que o diretor-executivo da US Airways, Doug Parker, ocuparia o cargo correspondente na empresa resultante da fusão. Já Tom Horton, diretor-executivo da American e de sua controladora, a AMR, assumiria a presidência do Conselho de Administração da nova aérea até 2014, de acordo com o jornal "New York Times".
O acordo seria uma vitória para Parker, da US Airways, que busca uma fusão com a American desde que ela anunciou a concordata. Já Horton defendia que a companhia saísse do processo de concordata primeiro, antes de qualquer união. De acordo com fontes, o lobby que Parker fez junto aos funcionários da American foi decisivo para que o negócio avançasse.
Fusão pode pôr fim à onda de consolidação no setor
Na avaliação de especialistas, a fusão deve pôr fim à onda de consolidação no setor nos últimos anos no país. Desde 2001, foram cinco grandes fusões no país. Diante do aumento dos custos de combustível e da perda de dezenas de bilhões de dólares na última década, os executivos das companhias aéreas argumentam que a única maneira de sobreviver é a consolidação.
Nos Estados Unidos, além das fusões entre United e Continental Ailines (2010), Northwest e Delta Air Lines e Southwest Airlines Co. e AirTran Airways, companhias regionais também optaram por se unir. Na Europa, a Air France e a KLM formaram a Air France-KLM, com aval da Comissão Europeia em 2004. Já a British Airways e a Iberia criaram a a International Consolidated Airlines Group em 2010. Na América Latina, a chilena LAN e a brasileira TAM completaram seu processo de fusão em 2012. Já o Cade aprovou com restrições em outubro passado a união entre Gol e Webjet.
Segundo o "The Wall Street Journal", nos últimos 12 meses terminados em outubro do ano passado, empresas americanas transportaram 736 milhões de passageiros. Trata-se de um aumento de 54% sobre o total transportado em 1992 e significa quase 83% de assentos preenchidos no período.
De acordo com a agência Reuters, especialistas em antitruste afirmam que o Departamento da Justiça deverá pedir desinvestimentos no hub da US Airways em Washington e em Charlotte, além do hub da AMR em Dallas. Fora dessas áreas, as empresas operam rotas diferentes, na maior parte.
O Departamento da Justiça raramente se opôs a uma fusão de companhia aérea nos anos recentes. A última vez foi na proposta de acordo entre United e US Airways em 2000-2001.
É a terceira maior fusão de empresas aéreas nos Estados Unidos desde 2008 e pode elevar os riscos de encarecimento de passagens aéreas e menos escolhas para consumidores, segundo a agência Reuters. Com a fusão, quatro empresas passam a controlar cerca de 83% de todos os assentos de voos dentro dos Estados Unidos, de acordo com o jornal "The Wall Street Journal".
A nova empresa manterá o nome da American Airlines e será sediada em Dallas, no Texas. Ela terá 94 mil empregados, 950 aviões e 6.500 voos diários, além de um total de vendas de quase US$ 39 bilhões.Em 2011, a American ocupava o terceiro lugar no ranking mundial das aéreas pelo critério de passageiros transportados, atrás das também americanas Delta Airlines e Southwest, de acordo com o último ranking da Iata, a associação internacional do setor. A US Airways estava em oitavo.
Pelo andamento das negociações, os credores da American, que pediram concordata em novembro de 2011, ficariam com 72% da nova companhia, e os 28% restantes ficariam nas mãos da US Airways.
As conversas também indicam que o diretor-executivo da US Airways, Doug Parker, ocuparia o cargo correspondente na empresa resultante da fusão. Já Tom Horton, diretor-executivo da American e de sua controladora, a AMR, assumiria a presidência do Conselho de Administração da nova aérea até 2014, de acordo com o jornal "New York Times".
O acordo seria uma vitória para Parker, da US Airways, que busca uma fusão com a American desde que ela anunciou a concordata. Já Horton defendia que a companhia saísse do processo de concordata primeiro, antes de qualquer união. De acordo com fontes, o lobby que Parker fez junto aos funcionários da American foi decisivo para que o negócio avançasse.
Fusão pode pôr fim à onda de consolidação no setor
Na avaliação de especialistas, a fusão deve pôr fim à onda de consolidação no setor nos últimos anos no país. Desde 2001, foram cinco grandes fusões no país. Diante do aumento dos custos de combustível e da perda de dezenas de bilhões de dólares na última década, os executivos das companhias aéreas argumentam que a única maneira de sobreviver é a consolidação.
Nos Estados Unidos, além das fusões entre United e Continental Ailines (2010), Northwest e Delta Air Lines e Southwest Airlines Co. e AirTran Airways, companhias regionais também optaram por se unir. Na Europa, a Air France e a KLM formaram a Air France-KLM, com aval da Comissão Europeia em 2004. Já a British Airways e a Iberia criaram a a International Consolidated Airlines Group em 2010. Na América Latina, a chilena LAN e a brasileira TAM completaram seu processo de fusão em 2012. Já o Cade aprovou com restrições em outubro passado a união entre Gol e Webjet.
Segundo o "The Wall Street Journal", nos últimos 12 meses terminados em outubro do ano passado, empresas americanas transportaram 736 milhões de passageiros. Trata-se de um aumento de 54% sobre o total transportado em 1992 e significa quase 83% de assentos preenchidos no período.
De acordo com a agência Reuters, especialistas em antitruste afirmam que o Departamento da Justiça deverá pedir desinvestimentos no hub da US Airways em Washington e em Charlotte, além do hub da AMR em Dallas. Fora dessas áreas, as empresas operam rotas diferentes, na maior parte.
O Departamento da Justiça raramente se opôs a uma fusão de companhia aérea nos anos recentes. A última vez foi na proposta de acordo entre United e US Airways em 2000-2001.
Fonte:Agência O Globo
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