Os islamitas armados que abandonaram quase sem resistência o norte do Mali após a ofensiva dos soldados franceses e malineses informaram nesta quinta-feira sobre a abertura de uma nova frente de combate, com minas que mataram quatro soldados do Mali nesta quarta-feira, numa explosão entre Duentza e Gao.
"Conseguimos criar uma nova zona de conflito, organizar ataques contra comboios e organizar ataques suicidas", afirmou em um comunicado enviado à AFP o porta-voz do Movimento para a União e a jihad na África Ocidental (Mujao), Abu Walid Sahraui.
"Pedimos que os cidadãos não viajem nas estradas federais porque há perigo de minas terrestres", ressaltou, enquanto "convocou para a jihad (guerra santa) contra os infiéis, para estabelecer a sharia (lei islâmica) e libertar os muçulmanos".
O Mujao, um dos grupos armados islâmicos que controlou o norte do Mali por mais de nove meses, multiplicando os abusos, reivindicou duas explosões de minas que atingiram veículos militares do Mali.
"Ontem (quarta-feira), um veículo do Exército malinense atingiu uma mina colocada por criminosos islamitas entre Duentza Gao. Houve quatro mortes", disse à AFP um oficial da polícia de Duentza, 800 km a nordeste de Bamako, o que foi confirmado por uma fonte militar francesa.
Soldados franceses têm expressado repetidamente a importância da vigilância em relação a quaisquer minas ou bombas, que os islamitas poderiam ter escondido antes de fugir.
O trajeto entre Duentza e Gao (400 km) é particularmente perigoso por causa das minas que foram escondidas.
Em 31 de janeiro, dois soldados do Mali foram mortos em uma explosão nesta estrada.
Duentza foi reconquistada em 21 de janeiro pelos soldados franceses e malinenses, enquanto Gao, a maior cidade no norte do Mali, foi retomada no dia 26 de janeiro.
Capacetes azuis
Mais ao norte, em Kidal e sua região, particularmente no maciço de Ifoghas situado perto da fronteira com a Argélia, a Força Aérea francesa realizava muitos ataques contra as posições dos grupos islâmicos e depósitos de armas.
A cidade, que é controlada por rebeldes tuaregues e islâmicos que se dizem "moderados" e prontos "ao diálogo" com Bamako, está sob a responsabilidade de 1.800 soldados do Chade. As tropas francesas controlam o aeroporto.
Na frente diplomática, a França planeja a sua retirada e pediu à ONU que prepare o envio de uma força de manutenção de paz, "de capacetes azuis, quando as condições de segurança permitirem", indicou na quarta-feira o embaixador francês na ONU, Gerard Araud.
"Não há nenhuma objeção" no Conselho de Segurança, disse, admitindo que levaria "várias semanas para tomar uma decisão" e uma nova resolução do Conselho.
Segundo o chefe de Operações de Paz da ONU, Hervé Ladsous, a futura força da ONU "será inicialmente baseada no que já existe, ou seja, nas unidades da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e Chade".
As forças da CEDEAO formam a Misma (Missão Internacional de Apoio no Mali), aprovada por resolução do Conselho de Segurança em dezembro.
A Misma deve enviar cerca de 6.000 homens, mas a sua implantação é lenta. Apenas cerca de 2.000 já estão no Mali, um pouco mais do que os do Chade.
Segundo o presidente francês, François Hollande, a França planeja começar a retirar suas tropas em março, "se tudo correr como o planejado".
Seu ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, afirmou por sua vez que a França trabalha para o estabelecimento de uma operação da ONU em abril.
O presidente do Benin, Thomas Boni Yayi, exigiu nesta quinta-feira que "a ONU se mexa" para acelerar a implantação das forças africanas no Mali, que seria, em última análise, os capacetes azuis.
"O que poderia acelerar o financiamento, seria transformar a Misma em uma força de manutenção de paz, naturalmente com um mandato ao abrigo do Capítulo VII (com a possibilidade de abrir fogo), ou seja, uma força capaz de intervir", disse.
No Cairo, os países islâmicos anunciaram nesta quinta-feira o seu apoio "aos esforços em curso para a recuperação pelo Mali da integridade de seu território", em uma referência implícita à intervenção militar da França no país no final da 12ª Cúpula da Organização de Cooperação Islâmica (OCI).
Quase três em cada quatro franceses (73%) são a favor da intervenção militar no Mali, quatro semanas após seu lançamento, uma taxa de adesão inédita nos últimos 20 anos para uma operação de exterior, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Ifop que será publicada sexta-feira.
"Conseguimos criar uma nova zona de conflito, organizar ataques contra comboios e organizar ataques suicidas", afirmou em um comunicado enviado à AFP o porta-voz do Movimento para a União e a jihad na África Ocidental (Mujao), Abu Walid Sahraui.
"Pedimos que os cidadãos não viajem nas estradas federais porque há perigo de minas terrestres", ressaltou, enquanto "convocou para a jihad (guerra santa) contra os infiéis, para estabelecer a sharia (lei islâmica) e libertar os muçulmanos".
O Mujao, um dos grupos armados islâmicos que controlou o norte do Mali por mais de nove meses, multiplicando os abusos, reivindicou duas explosões de minas que atingiram veículos militares do Mali.
"Ontem (quarta-feira), um veículo do Exército malinense atingiu uma mina colocada por criminosos islamitas entre Duentza Gao. Houve quatro mortes", disse à AFP um oficial da polícia de Duentza, 800 km a nordeste de Bamako, o que foi confirmado por uma fonte militar francesa.
Soldados franceses têm expressado repetidamente a importância da vigilância em relação a quaisquer minas ou bombas, que os islamitas poderiam ter escondido antes de fugir.
O trajeto entre Duentza e Gao (400 km) é particularmente perigoso por causa das minas que foram escondidas.
Em 31 de janeiro, dois soldados do Mali foram mortos em uma explosão nesta estrada.
Duentza foi reconquistada em 21 de janeiro pelos soldados franceses e malinenses, enquanto Gao, a maior cidade no norte do Mali, foi retomada no dia 26 de janeiro.
Capacetes azuis
Mais ao norte, em Kidal e sua região, particularmente no maciço de Ifoghas situado perto da fronteira com a Argélia, a Força Aérea francesa realizava muitos ataques contra as posições dos grupos islâmicos e depósitos de armas.
A cidade, que é controlada por rebeldes tuaregues e islâmicos que se dizem "moderados" e prontos "ao diálogo" com Bamako, está sob a responsabilidade de 1.800 soldados do Chade. As tropas francesas controlam o aeroporto.
Na frente diplomática, a França planeja a sua retirada e pediu à ONU que prepare o envio de uma força de manutenção de paz, "de capacetes azuis, quando as condições de segurança permitirem", indicou na quarta-feira o embaixador francês na ONU, Gerard Araud.
"Não há nenhuma objeção" no Conselho de Segurança, disse, admitindo que levaria "várias semanas para tomar uma decisão" e uma nova resolução do Conselho.
Segundo o chefe de Operações de Paz da ONU, Hervé Ladsous, a futura força da ONU "será inicialmente baseada no que já existe, ou seja, nas unidades da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e Chade".
As forças da CEDEAO formam a Misma (Missão Internacional de Apoio no Mali), aprovada por resolução do Conselho de Segurança em dezembro.
A Misma deve enviar cerca de 6.000 homens, mas a sua implantação é lenta. Apenas cerca de 2.000 já estão no Mali, um pouco mais do que os do Chade.
Segundo o presidente francês, François Hollande, a França planeja começar a retirar suas tropas em março, "se tudo correr como o planejado".
Seu ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, afirmou por sua vez que a França trabalha para o estabelecimento de uma operação da ONU em abril.
O presidente do Benin, Thomas Boni Yayi, exigiu nesta quinta-feira que "a ONU se mexa" para acelerar a implantação das forças africanas no Mali, que seria, em última análise, os capacetes azuis.
"O que poderia acelerar o financiamento, seria transformar a Misma em uma força de manutenção de paz, naturalmente com um mandato ao abrigo do Capítulo VII (com a possibilidade de abrir fogo), ou seja, uma força capaz de intervir", disse.
No Cairo, os países islâmicos anunciaram nesta quinta-feira o seu apoio "aos esforços em curso para a recuperação pelo Mali da integridade de seu território", em uma referência implícita à intervenção militar da França no país no final da 12ª Cúpula da Organização de Cooperação Islâmica (OCI).
Quase três em cada quatro franceses (73%) são a favor da intervenção militar no Mali, quatro semanas após seu lançamento, uma taxa de adesão inédita nos últimos 20 anos para uma operação de exterior, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Ifop que será publicada sexta-feira.
Fonte:DP
Nenhum comentário:
Postar um comentário