Tradicionalmente, os principais veículos de imprensa na Itália mantêm vaticanistas – especialistas em temas da Igreja Católica Apostólica Romana - entre seus comentaristas e consultores. No Corriere Della Sera, a reportagem principal faz um perfil dos três cardeais, apontados como prováveis candidatos à sucessão de Bento XVI. O canandense é descrito como o mais aberto.
O brasileiro dom Odilo é definido como o candidato que conta com o apoio de um elevado número de cardeais, principalmente da América do Sul. O arcebispo de Milão, Angelo Scola, é apoiado pelos europeus e, naturalmente, pelos italianos que têm mais votos no conclave, segundo o Corriere Della Sera.
O jornal também apresenta como candidatos paralelos o mexicano Francisco Robles Ortega, o húngaro Péter Erdo e o austríaco Christoph Schönborn. O La Republica menciona a pressão feita por norte-americanos por um nome oriundo dos Estados Unidos. O nome que tem o apoio dos norte-americanos é Timothy Dolan, o arcebispo de Nova York.
Porém, para o La República o nome que reúne mais votos é o do italiano Angelo Scola. Ele, segundo o jornal, é considerado um cardeal moderado e sua escolha pode representar a abertura da Igreja, na busca por mudanças internas, no momento de denúncias de casos de pedofilia e desvio de recursos no Vaticano.
Um nome que também surge no cenário é o do cardeal francês, arcebispo de Lyon, Philippe Barbarin. Dom Odilo é mencionado como o cardeal que tem o respeito da Cúria da Igreja, embora não conte, segundo o jornal, com votos entre os outros cardeais brasileiros. O La Republica lembra que, em 2011, o escolhido para presidir a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil foi dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.
Fonte:: Graça Adjuto
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