domingo, 7 de abril de 2013

Israel pede 'postura mais firme' sobre questão nuclear do Irã

Foto: Shamil Zhumatov/AP)
O ministro israelense encarregado de monitorar o polêmico programa nuclear do Irã pediu neste sábado (6) que a comunidade internacional tenha "uma postura mais firme" após o fracasso das últimas negociações entre Teerã e as grandes potências, realizadas no Cazaquistão.

"É tempo de o mundo assumir uma postura mais firme e dizer aos iranianos de forma inequívoca que a farsa das negociações está a ponto de chegar ao fim", declarou Yuval Steinitz, ministro de Assuntos Estratégicos, em um comunicado.A diretora de polícia exterior da União Europeia, Catherine Ahston ao lado do secretário do Conselho Nacional de Segurança do Irã, Saeed Jalili posam para foto no início da reunião do grupo 5+1, para discutir sobre o programa nuclear iraniano. "Israel já alertou que os iranianos utilizam as rodadas de negociações com o objetivo de ganhar tempo a fim de que o enriquecimento de urânio avance para que obtenha uma arma nuclear", acrescentou.

"Sem uma ameaça tangível e significativa, incluindo um calendário curto, claro e definitivo, não será possível desmantelar o programa nuclear" iraniano, considerou o ministro israelense.

Após dois dias de intensas negociações no Cazaquistão, os países do grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU --Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China-- mais a Alemanha) e o Irã não avançaram neste sábado nas negociações sobre a questão nuclear.

Catherine Ashton, a representante da diplomacia europeia que dirige as negociações para as grandes potências, reconheceu que as posições continuam "muito distantes" e que não há sequer um acordo a respeito de um próximo encontro.

As potências ocidentais e Israel suspeitam que o Irã tente fabricar a arma atômica sob pretexto de desenvolver um programa nuclear civil, algo que Teerã nega. A ONU puniu esse programa com medidas que foram reforçadas unilateralmente por um embargo bancário e petroleiro da União Europeia e dos Estados Unidos.

Enquanto as autoridades israelenses ameaçam efetuar um ataque contra as instalações nucleares iranianas, o presidente americano, Barack Obama, estimou, em março, que o Irã pode produzir a arma nuclear em "pouco mais de um ano", indicando que não pretende, "evidentemente", esperar até "o último momento". Fonte:G1

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