quarta-feira, 3 de abril de 2013

Marco Feliciano diz que o Brasil vive uma "ditadura gay"

Apesar dos casos diários de violência contra homossexuais, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, o deputado Marco Feliciano (PSC), acredita que o Brasil está vivendo uma “ditadura gay”. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (2), o parlamentar, que também é pastor, demonstrou ceticismo sobre a reunião de líderes partidários na Câmara que tratará sobre sua atuação no comando da Comissão. O encontro estava marcado para esta segunda-feira (1), mas foi adiado para a próxima semana. Movimentos sociais e setores da população pedem a renúncia do religioso.

“Eu não recebi o convite ainda. Estou estudando se eu vou atender. Regimentalmente, não tem o que ser feito. Eu não sei o que faria nesse colégio de líderes. Ir ali para ser oprimido e achincalhado por um grupo de pessoas que, na verdade, deveria defender o Parlamento -e não abrir um precedente como está sendo feito. Acho muito perigoso”, disse o deputado.

Na entrevista, Feliciano ainda reiterou seu desejo de não renunciar o cargo. O pastor, além de ser acusado de homofóbico e racista, responde a um processo por estelionato no Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar revelou que sua inspiração política é o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB). Segundo ele, o peemedebista, antes de assumir o cargo neste ano, também foi alvo de protestos e denúncias veiculadas na mídia.

“Todos nós sabemos que o deputado Henrique Alves chegou à presidência (da Câmara) debaixo de muita pressão, debaixo de muita luta. Eu me espelho nele. Esse vigor que eu estou tendo de suportar essa pressão se inspira nele”, declarou Feliciano, que tem 40 anos e sofre críticas diárias por estar no comando da Comissão de Direitos Humanos. Fonte:DP

Henrique Alves foi eleito para presidir a Câmara em fevereiro em meio a acusações de irregularidades, como manter dinheiro no exterior sem declarar, entre outras. Alves negou culpa. “Tantos jornais falando sobre ele e mesmo assim ele permaneceu. Eu quero ter a mesma chance que ele teve de permanecer e provar que eu posso fazer um bom trabalho”, disse Feliciano.

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