O projeto de lei que autoriza o casamento homossexual entra na fase final no Parlamento francês, ao mesmo tempo em que se intensificam as ações daqueles que se opõem à reforma social que é considerada a mais importante do governo socialista de François Hollande.
Agressões contra casais homossexuais, ministros vaiados, um trem bloqueado são alguns dos atos dos opositores a esta lei - adotada na sexta-feira pelo Senado, após uma semana de acalorados debates -, que manifestam sua raiva após a decisão do governo de modificar o calendário parlamentar para acelerar sua adoção.
O projeto de lei - que desde que foi anunciado fez os setores mais conservadores do país saírem às ruas - começará a ser discutido na quarta-feira na Assembleia Nacional, que deverá votá-lo no dia 23 de abril.
Após a aprovação da Assembleia, onde o partido socialista tem maioria, a lei para legalizar "o casamento para todos", que foi uma das principais promessas eleitorais de Hollande, entrará por fim em vigor.
O voto da Assembleia, na terça-feira da próxima semana, irá ocorrer após quase um ano de mobilizações a favor e contra esta lei, que deixou tenso o clima social em uma França atingida pela crise econômica e onde a taxa de popularidade de Hollande é baixa.
O ministro das Relações com o Parlamento, Alain Vidalies, declarou nesta segunda-feira que, após 160 horas de debates nesta câmara e a multiplicação de incidentes e manifestações nas ruas, já era hora de virar a página.
"Em uma democracia, o confronto, inclusive o mais severo, deve ser desenvolvido no Parlamento, e não nas ruas", afirmou o ministro, advertindo que o movimento opositor está cada vez mais prisioneiro de elementos radicais da extrema direita.
Manifestações e revolta, inclusive após promulgação de lei
Mas o apelo do ministro não foi ouvido.
O grupo "Manifestação para todos", onde o peso do integralismo católico e da extrema direita são inegáveis, convocou manifestações em Paris no dias 21 de abril e prevê que as manifestações diretas vão se multiplicar nas próximas semanas.
Nesta segunda-feira, 70 pessoas permaneciam detidas depois de terem sido presas na noite de domingo em frente à Assembleia Nacional, onde se preparavam para montar cerca de dez de barracas.
Na véspera, em Nantes (oeste), a polícia não conseguiu impedir o bloqueio de um trem onde viajava Caroline Fourest, uma escritora defensora do casamento homossexual.
"Hollande quer sangue e o terá", declarou na sexta-feira a comediante Frigide Barjot, uma das principais figuras desse grupo, que acusou o presidente de querer instaurar uma ditadura.
Christine Boutin, ex-ministra do ex-presidente Nicolas Sarkozy, que baseia sua oposição à lei do casamento gay em seus valores cristãos, mencionou o fantasma da guerra civil.
Esta linguagem, e as convocações para novas ações, não contribuíram para diminuir a tensão, que parece que persistirá mesmo depois que a lei for aprovada. "Seguiremos protestando inclusive após a promulgação da lei", advertiu Barjot.
Além do protesto de domingo, os opositores esperam outras manifestações nas próximas semanas para seguir pressionando o governo para que ele abandone o projeto de lei ou o suspenda.
A próxima grande manifestação opositora será realizada no próximo domingo, dois dias antes da votação do texto na Assembleia Nacional. E em 25 de abril, dois dias após a aprovação da Assembleia, será realizada outra mobilização, indicam fontes opositoras, que pretendiam realizar uma passeata também no dia 5 de maio, em ocasião do primeiro aniversário de Hollande como presidente da França.
Agressões contra casais homossexuais, ministros vaiados, um trem bloqueado são alguns dos atos dos opositores a esta lei - adotada na sexta-feira pelo Senado, após uma semana de acalorados debates -, que manifestam sua raiva após a decisão do governo de modificar o calendário parlamentar para acelerar sua adoção.
O projeto de lei - que desde que foi anunciado fez os setores mais conservadores do país saírem às ruas - começará a ser discutido na quarta-feira na Assembleia Nacional, que deverá votá-lo no dia 23 de abril.
Após a aprovação da Assembleia, onde o partido socialista tem maioria, a lei para legalizar "o casamento para todos", que foi uma das principais promessas eleitorais de Hollande, entrará por fim em vigor.
O voto da Assembleia, na terça-feira da próxima semana, irá ocorrer após quase um ano de mobilizações a favor e contra esta lei, que deixou tenso o clima social em uma França atingida pela crise econômica e onde a taxa de popularidade de Hollande é baixa.
O ministro das Relações com o Parlamento, Alain Vidalies, declarou nesta segunda-feira que, após 160 horas de debates nesta câmara e a multiplicação de incidentes e manifestações nas ruas, já era hora de virar a página.
"Em uma democracia, o confronto, inclusive o mais severo, deve ser desenvolvido no Parlamento, e não nas ruas", afirmou o ministro, advertindo que o movimento opositor está cada vez mais prisioneiro de elementos radicais da extrema direita.
Manifestações e revolta, inclusive após promulgação de lei
Mas o apelo do ministro não foi ouvido.
O grupo "Manifestação para todos", onde o peso do integralismo católico e da extrema direita são inegáveis, convocou manifestações em Paris no dias 21 de abril e prevê que as manifestações diretas vão se multiplicar nas próximas semanas.
Nesta segunda-feira, 70 pessoas permaneciam detidas depois de terem sido presas na noite de domingo em frente à Assembleia Nacional, onde se preparavam para montar cerca de dez de barracas.
Na véspera, em Nantes (oeste), a polícia não conseguiu impedir o bloqueio de um trem onde viajava Caroline Fourest, uma escritora defensora do casamento homossexual.
"Hollande quer sangue e o terá", declarou na sexta-feira a comediante Frigide Barjot, uma das principais figuras desse grupo, que acusou o presidente de querer instaurar uma ditadura.
Christine Boutin, ex-ministra do ex-presidente Nicolas Sarkozy, que baseia sua oposição à lei do casamento gay em seus valores cristãos, mencionou o fantasma da guerra civil.
Esta linguagem, e as convocações para novas ações, não contribuíram para diminuir a tensão, que parece que persistirá mesmo depois que a lei for aprovada. "Seguiremos protestando inclusive após a promulgação da lei", advertiu Barjot.
Além do protesto de domingo, os opositores esperam outras manifestações nas próximas semanas para seguir pressionando o governo para que ele abandone o projeto de lei ou o suspenda.
A próxima grande manifestação opositora será realizada no próximo domingo, dois dias antes da votação do texto na Assembleia Nacional. E em 25 de abril, dois dias após a aprovação da Assembleia, será realizada outra mobilização, indicam fontes opositoras, que pretendiam realizar uma passeata também no dia 5 de maio, em ocasião do primeiro aniversário de Hollande como presidente da França.
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