terça-feira, 16 de abril de 2013

Papa Francisco anuncia que fará reforma na Igreja Católica

Um mês após sua eleição, o papa Francisco convidou um grupo de oito cardeais para “aconselhá-lo no governo da Igreja”. Com representantes de todos os continentes, eles deverão estudar um projeto de reforma na Constituição da Cúria.

Anunciado oficialmente neste sábado (13) pela secretaria de Estado do Vaticano, o papa parece querer dar forma à Igreja que vem defendendo em seus discursos públicos desde que assumiu: misericordiosa, pobre e missionária.
Essa iniciativa do pontífice surgiu após as sugestões recebidas durante as Congregações gerais, que antecederam o conclave. Os cardeais nomeados são o italiano Giuseppe Bertello, governador do Estado da Cidade do Vaticano; o chileno Francisco Javier Errázuriz Ossa, arcebispo emérito de Santiago do Chile; o indiano Oswald Gracias, arcebispo de Mumbai; o alemão Reinhard Marx, arcebispo de Munique; o congolês Laurent Monsengwo Pasiny, arcebispo de Kinshasa; o americano Sean Patrick O’Malley, arcebispo de Boston; o australiano George Pell, arcebispo de Sydney; e o hondurenho Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa, que será o coordenador do grupo.

Alguns deles estavam cotados como os prováveis sucessores do papa Bento XVI. A primeira reunião do grupo será em 3 de outubro. Até lá os cardeais vão estudar modificações na Constituição apostólica Pastor Bonus, do papa João Paulo II.

São esperadas que algumas posturas do papa Francisco se reforcem. Ele já exigiu que a Igreja Católica “atue com determinação” nos casos de abusos sexuais cometidos por religiosos. Segundo uma nota oficial do gabinete de imprensa da Santa Sé, “O papa manterá a política de tolerância zero contra a pedofilia” e espera que a hierarquia da Igreja promova “acima de tudo medidas de proteção dos menores”.

A Congregação para a Doutrina da Fé informou no início do ano que chegaram ao Vaticano 1.800 denúncias de casos de abusos sexuais a menores por parte de clérigos nos últimos três anos. O papa Bento XVI chegou a pedir perdão em várias ocasiões em nome da Igreja às vítimas, mas foi criticado por não ser mais enérgico. Com informações de Veja e Época.

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