A Rússia vai evacuar em caráter de urgência sua estação instalada no Polo Norte devido a um degelo acima do normal, anunciou nesta quinta-feira o ministério russo de Recursos Naturais e da Ecologia em um comunicado.
O titular da pasta, Serguei Donskoi ordenou que seja elaborado em três dias um plano de evacuação da estação polar científica Severny Polius 40, onde estão atualmente 16 pessoas, informou o comunicado.
Esta decisão se explica por "um desenvolvimento anormal do processo natural na bacia Ártica que levou à destruição dos campos de gelo ao redor da estação", acrescentou a fonte.
"O gelo se parte. Apareceram fissuras na plataforma de gelo", afirmou à AFP um porta-voz do ministério.
Segundo o comunicado, o degelo ameaça não só a continuação das atividades da estação e a vida de seu pessoal, mas também o meio ambiente na região, próxima da zona econômica do Canadá.
Um eventual recurso a um quebra-gelo para deslocar a estação para a Terra do Norte, um arquipélago russo no Oceano Ártico, é uma das opções em estudo, acrescentou.
Severny Polius 40, a 40ª estação polar russa deslocada nesta região desde o início da conquista do Ártico pela URSS em 1937, foi aberta em outubro de 2012 para vigiar o meio ambiente do oceano Ártico e fazer observações meteorológicas.
No começo de maio, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência especializada da ONU, manifestou sua preocupação com o "degelo recorde do Ártico em agosto-setembro", em seu relatório anual sobre o clima 2012, publicado em Genebra.
A OMM confirmou que o ano de 2012 se situa entre os dez mais quentes já observados desde o início das medições, em 1850. O recorde de degelo anterior da plataforma de gelo remontava a 2007.
Naquele ano, a Rússia precisou evacuar em 2008 os funcionários de sua estação polar Severny Polius 35, que estava à deriva em sua placa de gelo de uma superfície reduzida a 300 metros de largura por 400 de comprimento. No começo do seu trabalho, a superfície total da placa era de 15km2, segundo a agência pública Ria-Novosti. Fonte: Da AFP
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