Dois integrantes da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) foram presos nesta quarta-feira dentro do templo, em São João de Meriti, por coação de testemunhas.
O líder da denominação, pastor Marcos Pereira, também recebeu prisão preventiva no inquérito da 64ª DP (Meriti) que investigava as ameaças contra pessoas que denunciaram o religioso por estupro. É o terceiro mandado contra Marcos, que está no presídio de Bangu 2 desde o início do mês.
Revoltados com a ordem judicial, fiéis protestaram e trancaram o portão da igreja, impedindo que a polícia levasse os dois acusados. Em seguida, foram rezar e reclamar em frente à delegacia.
Os evangelistas Lúcio Oliveira Câmara Filho, de 52 anos, e Daniel Candeias da Silva, 29, e o pastor foram indiciados pelo crime semana passada. Segundo agentes da 64ª DP, testemunha e vítima de estupro que prestaram depoimento em inquérito da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) foram ameaçadas pelos acusados em sua casa, em março do ano passado.
Os presos foram levados para a delegacia de Meriti ontem à noite, onde prestaram depoimento. Outros dois homens — inclusive o filho do pastor — que chegaram a ser indiciados, não foram presos.
“Teve tumulto no momento da prisão”, disse o delegado Delmir Gouveia. Após série de denúncias sobre crimes envolvendo o religioso, Marcos Pereira foi indiciado por dois estupros, ocorridos dentro do templo.
Outros quatro casos são investigados. Na denúncia, o Ministério Público (MP) classificou o pastor como “maquiavélico”, já que ele praticava os abusos se declarando “homem de Deus”. Ainda de acordo com a denúncia do MP, as vítimas eram ameaçadas. O inquérito também apura denúncias de abusos sexuais do pastor à fiéis quando elas ainda eram menores de idade e, inclusive, a prática de orgias em um apartamento milionário, na Avenida Atlântica, em Copacabana. O líder da ADUD ainda é investigado em procedimento sobre lavagem de dinheiro e homicídio.
Evangelistas negam crimes na delegacia
Acusados de coagir uma mulher, enquanto o marido dela denunciava o pastor Marcos Pereira na Dcod, os evangelistas, Lúcio e Daniel negaram qualquer envolvimento criminoso. “Não recebemos salário, apenas uma ajuda do pastor. Nosso salário é salvar almas. Somos inocentes”, disse Lúcio. Fonte: Jornal O Dia
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