segunda-feira, 6 de maio de 2013

Protesto na Praia de Copacabana pede liberdade religiosa no Irã

Seguidores da religião Bahá’i fizeram no domingo (5) no Rio de Janeiro uma manifestação em defesa da liberdade religiosa no Irã e pela libertação de fiéis bahá’is presos na República Islâmica. O protesto, na Praia de Copacabana, na zona sul da cidade, faz parte de uma mobilização internacional, que prevê manifestações em várias cidades do mundo nas próximas duas semanas.

O principal objetivo dos protestos é chamar a atenção da comunidade internacional para a prisão de sete líderes da religião Bahá’i em 2008. Eles foram condenados a 20 anos de prisão pela Justiça iraniana, segundo a comunidade Bahá’i, simplesmente por sua crença religiosa.

Segundo Mary Aune-Cruz, articuladora da comunidade religiosa na sociedade e no governo no Brasil, os bahá’is sempre foram perseguidos no Irã, país onde a religião surgiu em meados do século 19, mas a situação piorou com a Revolução Islâmica em 1979. Mais de 100 fiéis estão atualmente presos naquele país.

“Existe uma perseguição sistemática dos bahá’is pelo Estado iraniano. A gente diz que é uma perseguição do berço à sepultura, porque há bebês presos junto com suas mães e uma das lideranças presas tem mais de 80 anos”, disse Aune-Cruz.

Na manifestação de hoje, foi estendido sobre a areia um painel do artista plástico Siron Franco de 10×15 metros. Além disso, foram distribuídos panfletos aos pedestres, que explicam a situação dos bahá’is no Irã. “Queremos mostrar que o mundo está olhando, está vendo a situação dos direitos humanos no Irã”, destacou a religiosa.O protesto contou com o apoio da Anistia Internacional. Maurício Santoro, assessor de direitos humanos da organização não governamental internacional, disse que a pressão internacional pode levar a uma melhoria da situação dos direitos humanos no Irã. “O regime se mostra sensível a esse tipo de pressão, porque está preocupado com o que o resto do mundo pensa sobre ele.”

A Embaixada do Irã no Brasil não se pronunciou sobre o caso da prisão dos bahá’is, mas informou, por meio de nota, que ninguém é perseguido por causa de sua religião na república islâmica e que, segundo a Constituição iraniana, todos os cidadãos têm os mesmos direitos.

* Com informações da Agência Brasil

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