Vários grupos rebeldes se uniram, no mês de dezembro, sob a bandeira do Séléka e dentro de algumas semanas haviam tomado o controle de grande parte do norte do território da República Centro-Africana, nordeste e regiões centrais, forçando o presidente François Bozizé a fugir do país, em 24 de março.
Na carta, intitulada "Sem mais coisas desse tipo... Levantando-se contra a impunidade", a Igreja implora para Djotodia quebrar seu silêncio contra os membros do Séléka devido aos atos de violência, incluindo estupro, saques, extorsão e roubo, e para explicar a existência de uma carta que circula pela sociedade que revela o desejo de Djotodia de transformar a República Centro-Africana em uma República Islâmica.
"Por que você não condena os membros do Séléka? Até quando você vai ficar em silêncio"? A Igreja Católica escreve, em uma carta assinada pelo arcebispo de Bangui, capital do país, Dom Dieudonné Nzapalainga e outros colegas bispos.
"Onde quer que os membros do Séléka passem, a população é deixada em lágrimas e tristezas. Os habitantes das cidades da República Central Africana são submetidos a estupro, saques, extorsão, roubo, vandalismo e outros crimes orquestrados por elementos do Séléka."
Em uma carta à Organização da Conferência Islâmica (OIC), em Djeddah (Arábia Saudita), em abril de 2012, vista pela World Watch Monitor, agência de notícias da Portas Abertas, Djotodia apresentava-se como o defensor da causa dos muçulmanos no Chade e na República Central Africana. Djotodia ainda afirmava que os dois países "não têm nenhum respeito por nós" e pediu o apoio de seus "irmãos" na causa.
"Na África Central, os muçulmanos são insultados e desprezados todos os dias e eles são considerados como estrangeiros... É por isso que decidimos, em 2006, nos organizar, graças ao apoio de alguns irmãos muçulmanos do Sudão - para reivindicar nossos direitos", disse Djotodia, que era o líder da União das Forças Democráticas para a Unidade (UFDR), um grupo de rebeldes que operam ao norte do país, há um ano.
Em sua carta de duas páginas, Djotodia afirmou que "todos os cristãos são mentirosos" e revelou seu projeto para a República Centro-Africana. "Se, por vontade de Deus, alcançarmos Bangui, vamos criar um regime islâmico, a fim de aplicar a lei da Sharia", escreveu ele. "Mesmo se não formos capazes de expulsar Bozizé, pretendemos transformar algumas partes da África Central, Chade e Darfur, em uma nova república islâmica".
A Igreja Católica também criticou Djotodia por não negar a autenticidade da carta ou a indiferença dele com relação a isso. "Você seria efetivamente o autor da carta enviada à Organização da Conferência Islâmica na Arábia Saudita, de 17 de Abril de 2012"? A Igreja Católica escreveu. "Como se explica a ferocidade de Séléka contra nossas instituições?", questionam.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoTamires Marques
Na carta, intitulada "Sem mais coisas desse tipo... Levantando-se contra a impunidade", a Igreja implora para Djotodia quebrar seu silêncio contra os membros do Séléka devido aos atos de violência, incluindo estupro, saques, extorsão e roubo, e para explicar a existência de uma carta que circula pela sociedade que revela o desejo de Djotodia de transformar a República Centro-Africana em uma República Islâmica.
"Por que você não condena os membros do Séléka? Até quando você vai ficar em silêncio"? A Igreja Católica escreve, em uma carta assinada pelo arcebispo de Bangui, capital do país, Dom Dieudonné Nzapalainga e outros colegas bispos.
"Onde quer que os membros do Séléka passem, a população é deixada em lágrimas e tristezas. Os habitantes das cidades da República Central Africana são submetidos a estupro, saques, extorsão, roubo, vandalismo e outros crimes orquestrados por elementos do Séléka."
Em uma carta à Organização da Conferência Islâmica (OIC), em Djeddah (Arábia Saudita), em abril de 2012, vista pela World Watch Monitor, agência de notícias da Portas Abertas, Djotodia apresentava-se como o defensor da causa dos muçulmanos no Chade e na República Central Africana. Djotodia ainda afirmava que os dois países "não têm nenhum respeito por nós" e pediu o apoio de seus "irmãos" na causa.
"Na África Central, os muçulmanos são insultados e desprezados todos os dias e eles são considerados como estrangeiros... É por isso que decidimos, em 2006, nos organizar, graças ao apoio de alguns irmãos muçulmanos do Sudão - para reivindicar nossos direitos", disse Djotodia, que era o líder da União das Forças Democráticas para a Unidade (UFDR), um grupo de rebeldes que operam ao norte do país, há um ano.
Em sua carta de duas páginas, Djotodia afirmou que "todos os cristãos são mentirosos" e revelou seu projeto para a República Centro-Africana. "Se, por vontade de Deus, alcançarmos Bangui, vamos criar um regime islâmico, a fim de aplicar a lei da Sharia", escreveu ele. "Mesmo se não formos capazes de expulsar Bozizé, pretendemos transformar algumas partes da África Central, Chade e Darfur, em uma nova república islâmica".
A Igreja Católica também criticou Djotodia por não negar a autenticidade da carta ou a indiferença dele com relação a isso. "Você seria efetivamente o autor da carta enviada à Organização da Conferência Islâmica na Arábia Saudita, de 17 de Abril de 2012"? A Igreja Católica escreveu. "Como se explica a ferocidade de Séléka contra nossas instituições?", questionam.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoTamires Marques
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