sábado, 13 de julho de 2013

Cápsulas de ômega-3 aumentam risco de câncer de próstata

Suplemento usado por milhões por conta dos supostos benefícios à saúde, o ômega-3 em cápsulas pode estar associado ao aumento do risco do tipo mais letal de câncer de próstata, afirmam pesquisadores americanos.

As cápsulas de ômega-3 trazem óleos encontrados comumente em peixes como o salmão.
Pesquisadores de diversas universidades e centros de pequisas %u2500 entre os quais a Ohio State University College of Medicine e o Fred Hutchinson Cancer Research Center %u2500 assinam o estudo, divulgado na publicação científica Journal of the National Cancer Institute, ligado à Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Os resultados confirmam uma pesquisa de 2011 publicada pela mesma equipe de cientistas, que constatou uma ligação semelhante entre altas concentrações sanguíneas de ômega-3 e o câncer de próstata mais agressivo.

"A consistência destes resultados sugere que estes ácidos graxos estão envolvidos na gênese do tumor e recomendações para aumentar a ingestão de ômega-3, principalmente através de suplementos, devem considerar seus riscos potenciais", escreveram os autores.
De acordo com o estudo, o risco de homens que tomam suplementos de ômega-3 desenvolverem o tipo mais agressivo de câncer é até 71% maior do que entre os que não usam a substância.

No caso do tipo menos letal, o risco é até 44% mais alto entre os que consomem suplementos, em comparação a pessoas que não usam as cápsulas.

Em geral, ácidos gordurosos estão associados a um risco até 44% maior de câncer de próstata, dizem os pesquisadores.

Os pesquisadores não especificam se o mesmo risco estaria associado ao consumo de peixes como o salmão, ricos na substância, mas enfatizam que os níveis de concentração de ômega-3 superior a duas porções semanais do peixe estaria relacionado à doença.

Nos últimos anos, muitos estudos vêm sendo feito para examinar o impacto de ácidos graxos na saúde. Cientistas alertam que a maior parte das pesquisas não é conclusiva e que, antes de mudar a dieta, as pessoas devem consultar seus médicos.Fonte: BBC Brasil

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