Hoje tem protesto em Recife com o tema "Á luta, Recife "

A Avenida Agamenon Magalhães, considerada como principal artéria viária do Recife, deve ficar travada mais uma vez na hoje a tarde. A Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco realiza seu terceiro ato público para às 16h desta quarta-feira, com concentração na Praça do Derby, Centro do Recife, para protestar contra o que chamam de “repressão policial” comandada pela Secretaria de Defesa Social do governo do estado.

A manifestação está sendo divulgada nas redes sociais, especialmente pelo Facebook, e espera receber a adesão de aproximadamente 20 mil pessoas, número menor que o primeiro evento, onde 100 mil foram às ruas do Recife na contagem do Diário de Pernambuco. Dessa vez, o grupo só divulgou o ponto de concentração, mas não informou às autoridades o percurso, como vinha fazendo antes. Eles não revelaram o motivo, porém o tom da página oficial do evento mostra críticas contra o governo, principalmente à Polícia Militar.

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Na quarta-feira da semana passada, a passeata organizada por este grupo seguiu do Derby à sede provisória do governo do estado, mas não houve negociação entre as partes. O governador Eduardo Campos (PSB) queria receber uma comissão de no máximo 10 pessoas e os organizadores queriam o número fechado de 20 ou 30.

O movimento recebeu apoio da OAB-PE depois de um episódio ocorrido na noite da última sexta-feira (27), nas dependências da Universidade Católica de Pernambuco. Naquele dia, segundo a OAB, um grupo de estudantes e líderes acadêmicos reunidos foram abordados por policiais militares de forma “intimatória e ostensiva”, tendo a reunião filmada pelos policiais.

O presidente da OAB-PE, Pedro Henrique, chegou a solicitar o número do efetivo que esteve presente na reunião e a patente do oficial encarregado pela operação. “Sabemos do esforço que os órgãos de segurança do Estado vêm empreendendo na busca de preservar a ordem e a incolumidade das pessoas e do patrimônio público e privado, durante as manifestações políticas de iniciativa popular, que vem ocorrendo no Recife e em outras cidades de Pernambuco. Contudo, não podemos deixar de externar nossa preocupação com o fato ocorrido na UNICAP, que indica um excesso no exercício da atividade policial, tendente a buscar a inibição do direito a livre expressão e associação, princípios elementares da liberdade democrática”, disse o presidente da OAB-PE.Fonte: Diario de Pernambuco