sexta-feira, 5 de julho de 2013

Mais dois Santos no mundo até final deste ano, Papas João Paulo II e João XXIII vão ser canonizados

Os Papas João Paulo II e João XXIII vão ser canonizados. A confirmação foi feita pelo Vaticano nesta sexta-feira, no mesmo dia da publicação da primeira encíclica do papado de Francisco. A data das canonizações ainda não foram divulgadas.
Segundo fontes religiosas, o Papa Francisco deseja proclamar os dois Papas santos em uma única cerimônia.

No caso de João Paulo II, um decreto reconhece um segundo milagre atribuído ao pontífice polonês Karol Wojtyla, que nasceu em 1920 e liderou a Igreja Católica entre 1978 e sua morte, em 2005.Os cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos aprovaram o segundo milagre, na trça-feira passada, segundo fontes da Santa Sé. Durante os funerais de João Paulo II, após 27 anos de pontificado, um dos mais longos da história, a multidão gritou "santo subito".

Já no caso do Papa João XXIII, que pontificou entre 1958 e 1963, o Papa Francisco considerou que a canonização é merecida, apesar de não haver nenhum milagre formalmente atribuído a ele.
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Confira a síntese da encíclica Lumen fidei (A luz da fé)


Lumen Fidei - A luz da fé, assim se intitula a primeira Encíclica do Papa Francisco que hoje foi publicada. Dirigida aos bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas e a todos os fiéis leigos, a Encíclica – explica o Papa Francisco - já estava "quase completada" por Bento XVI. Àquela "primeira versão" o actual Pontífice acrescentou "ulteriores contribuições ".

A finalidade do documento é recuperar o carácter de luz que é específico da fé, capaz de iluminar toda a existência humana.Quem acredita nunca está sozinho, porque a fé é um bem comum que ajuda a edificar as nossas sociedades, dando esperança. E’ este é o coração da Lumen fidei. Numa época como a nossa, a moderna - escreve o Papa - em que o acreditar se opõe ao pesquisar e a fé é vista como um salto no vazio que impede a liberdade do homem, é importante ter fé e confiar, com humildade e coragem, ao amor misericordioso de Deus, que endireita as distorções da nossa história.

Testemunha fiável da fé é Jesus, através do qual Deus actua realmente na história. Como na vida de cada dia confiamos no arquitecto, o farmacêutico, o advogado, que conhecem as coisas melhor que nós, assim também para a fé confiamos em Jesus, um especialista nas coisas de Deus. A fé sem a verdade não salva, diz em seguida o Papa – fica a ser apenas um bonito conto de fadas, sobretudo hoje em que se vive uma crise de verdade, porque se acredita apenas na tecnologia ou nas verdades do indivíduo, porque se teme o fanatismo e se prefere o relativismo. Pelo contrário, a fé não é intransigente, o crente não é arrogante: a verdade que vem do amor de Deus não se impõe pela violência, não esmaga o indivíduo e torna possível o diálogo entre fé e razão.

Se torna, portanto, essencial a evangelização: a luz de Jesus brilha no rosto dos cristãos e se transmite de geração em geração, através das testemunhas da fé. Mas de uma maneira especial, a fé se transmite através dos Sacramentos, como o Baptismo e a Eucaristia, e através da confissão de fé do Credo e a Oração do Pai Nosso, que envolvem o crente nas verdades que confessa e o fazem ver com os olhos de Cristo. A fé é uma, sublinha o Papa, e a unidade da fé é a unidade da Igreja.

Também é forte a ligação entre acreditar e construir o bem comum: a fé torna fortes os laços entre os homens e se coloca ao serviço da justiça, do direito e da paz. Essa não nos afasta do mundo, muito pelo contrário: se a tirarmos das nossas cidades, ficamos unidos apenas por medo ou por interesse.

A fé, pelo contrário, ilumina a família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher; ilumina o mundo dos jovens que desejam “uma vida grande ", dá luz à natureza e nos ajuda a respeitá-la, para "encontrar modelos de desenvolvimento que não se baseiam apenas na "utilidade ou lucro, mas que consideram a criação como um dom". Mesmo o sofrimento e a morte recebem um sentido do facto de confiarmos em Deus, escreve ainda o Pontífice: ao homem que sofre o Senhor não dá um raciocínio que explica tudo, mas a sua presença que o acompanha.

Finalmente, o Papa lança um apelo: "Não deixemos que nos roubem a esperança, não deixemos que ela seja frustrada com soluções e propostas imediatas que nos bloqueiam o caminho para Deus”. Fonte:DP

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