segunda-feira, 22 de julho de 2013

Polêmica: Artista “crucifica” crianças em adultos

O artista cubano Erik Ravelo estreou sua nova exposição, batizada de “Os Intocáveis”. O propósito, segundo ele, é denunciar o abuso sofrido por crianças em diferentes partes do mundo. São sete imagens de crucificações, com um adulto servindo como cruz enquanto as crianças ficam na mesma posição que Jesus.

São temas polêmicos como a pedofilia, energia nuclear, guerras e obesidade infantil. O artista diz que isso revela como as crianças são maltratadas em lugares como Síria, Tailândia, Estados Unidos e Japão. Para ele, o objetivo é mostrar que a infância não deveria ser violada.

Mas quando Ravelo utiliza uma imagem tão familiar e sagrada para centenas de milhões de cristãos em todo o mundo, é inevitável que grupos religiosos se posicionem contrários a ela. Em especial os católicos que veem um padre servir como um símbolo de morte para crianças.
Seu autor parece não se importar. Ele formou-se na Academia Nacional de Belas Artes de San Alejandro, em Havana, Cuba. Já fez material para as campanhas da Organização Mundial da Saúde contra a violência, o uso de tabaco e de segurança no trânsito. Dois anos atrás, em uma campanha que desenvolveu para a marca italiana Benetton chamada “Unhate” [Não ao ódio] onde mostrando vários líderes mundiais se beijando. Uma das fotomontagens mostrava o Papa Bento XVI “beijando” Ahmed Mohamed el Tayeb, imã da mesquita de Al Azhar no Cairo.
-->

Soldados e McDonalds
Na ocasião, a marca de roupas foi processada e precisou doar uma quantia em dinheiro em prol da igreja e tirar a imagem de divulgação. “A Santa Sé não quis pedir indenizações de natureza econômica, mas quis obter o ressarcimento moral de reconhecimento do abuso realizado e afirma a sua vontade de defender, inclusive por meios legais, a imagem do pontífice”, explica o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. O Vaticano ainda não se pronunciou sobre as novas imagens produzidas por Erik Ravello e que foram divulgadas essa semana. Com informações de Terra e Contra Papel.

Nenhum comentário: