Produzido no Paquistão, o desenho animado “Burka Avenger” [A Vingadora de Burca] planeja atingir cerca de 60 países muçulmanos. Em pouco tempo, essa super-heroína que usa livros e canetas para lutar contra o mal, defendendo o direito das crianças em receberam educação nas escolas, pode ficar famosa em todo o mundo. A premissa parece boa: estimular os meninos e meninas a valorizarem a escola. Um grande desafio em países com alto índice de analfabetismo, como o Paquistão.
O problema é que a roupa escolhida para esconder a identidade da professora Jiya é justamente um dos maiores símbolos de repressão dos extremistas muçulmanos. Criada pelo cantor paquistanês Aaron Haroon Rashid, que também compôs a trilha sonora da série, pretende ajudar as crianças a valorizarem os aspectos positivos do islamismo e aprenderem sobre o valor da escola.
No ano passado, Malala Yousafzai, uma ativista pelos direitos da criança, então com apenas 15 anos de idade, quase morreu após ser atacada por membros do Talibã. Ela defendia os direitos das meninas também estudarem, algo proibido por algumas facções muçulmanas.
Bina Shah, ativista feminista do Paquistão, acusa os produtores do programa de fazerem um jogo de palavras para confundir os mais novos. “Vestir uma burca não irá fazer as mulheres terem algum tipo de superioridade religiosa ou poderes para quebrar todas as regras, pelo contrário”, escreve Shah.
Ela também defende que “As meninas e mulheres paquistanesas precisam saber que o seu estado natural não é viver escondidas, encobertas por metros de tecido para fazer sua presença na sociedade mais aceitável ou segura… Temo que as meninas queiram começar a usar burcas desde cedo para imitar a heroína, isso seria doutrinação religiosa da pior espécie”.
Para os muçulmanos, as crianças muçulmanas tem sido expostas a desenhos e filmes infantis que só retratam valores “cristãos ocidentais” e está na hora de o islamismo ser defendido na tela da TV. Não é possível avaliar se questões como a perseguição aos cristãos serão abordados pelo desenho, que estrou há duas semanas. Porém, lideres cristãos dizem que irão observar de perto a abordagem.
Por sua vez, o criador da Burka Avengern, defende que a peça foi simplesmente escolhida como uma ferramenta culturalmente apropriada para esconder a identidade da heroína:
O problema é que a roupa escolhida para esconder a identidade da professora Jiya é justamente um dos maiores símbolos de repressão dos extremistas muçulmanos. Criada pelo cantor paquistanês Aaron Haroon Rashid, que também compôs a trilha sonora da série, pretende ajudar as crianças a valorizarem os aspectos positivos do islamismo e aprenderem sobre o valor da escola.
No ano passado, Malala Yousafzai, uma ativista pelos direitos da criança, então com apenas 15 anos de idade, quase morreu após ser atacada por membros do Talibã. Ela defendia os direitos das meninas também estudarem, algo proibido por algumas facções muçulmanas.
Bina Shah, ativista feminista do Paquistão, acusa os produtores do programa de fazerem um jogo de palavras para confundir os mais novos. “Vestir uma burca não irá fazer as mulheres terem algum tipo de superioridade religiosa ou poderes para quebrar todas as regras, pelo contrário”, escreve Shah.
Ela também defende que “As meninas e mulheres paquistanesas precisam saber que o seu estado natural não é viver escondidas, encobertas por metros de tecido para fazer sua presença na sociedade mais aceitável ou segura… Temo que as meninas queiram começar a usar burcas desde cedo para imitar a heroína, isso seria doutrinação religiosa da pior espécie”.
Para os muçulmanos, as crianças muçulmanas tem sido expostas a desenhos e filmes infantis que só retratam valores “cristãos ocidentais” e está na hora de o islamismo ser defendido na tela da TV. Não é possível avaliar se questões como a perseguição aos cristãos serão abordados pelo desenho, que estrou há duas semanas. Porém, lideres cristãos dizem que irão observar de perto a abordagem.
Por sua vez, o criador da Burka Avengern, defende que a peça foi simplesmente escolhida como uma ferramenta culturalmente apropriada para esconder a identidade da heroína:
“Como trata-se de uma mulher muçulmana, não poderia se vestir como a Mulher-Gato ou a Mulher Maravilha, não iria funcionar”. Enfatiza ainda que os episódios da primeira temporada abordarão questões sociais como a discriminação racial, trabalho infantil e preservação do meio ambiente. Sua motivação é simples: “Grande parte do nosso entretenimento [no Paquistão] é importado do Ocidente, não é social nem culturalmente relevante, é apenas um lixo divertido. Não têm quaisquer mensagens sociais. Acho que é importante ressaltarmos as mensagens positivas e a nossa moral.” Com informações Time e Religion News.
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