O mestre de obras Iranildo Francisco Seabra, 62 anos, é apaixonado por árvores. Gosta tanto que construiu uma casa sobre um pé de flamboyant. Atacada por cupins, a árvore hoje não tem mais vida. Os galhos e as flores já não enfeitam o terraço da casa de Iranildo, mas o tronco que resiste firme serviu de sustento para a realização de um sonho antigo do proprietário do imóvel. A casa da árvore, admirada por crianças e curiosos, chama a atenção de quem passa pela rua tranquila onde Iranildo mora com as duas filhas caçulas, no bairro da Iputinga.
Assista a matéria sobre a inusitada casa de Iranildo:
“Às vezes, as pessoas passam de carro e ficam admiradas olhando para cima. Podem até bater com o carro”, conta. Iranildo reconhece que ter uma casa numa árvore era um sonho antigo. O desejo de oferecer um espaço para os filhos brincarem ficou adormecido durante anos e saiu da imaginação do mestre de obras há aproximadamente dois. “Queria ter feito essa casa há mais tempo para que os meus filhos pudessem ter um lugar bonito para brincar. Infelizmente não pude fazer antes e eles já estão todos adultos, mas agora os meus dois netos estão aproveitando essa beleza”, diz. O imóvel levou praticamente dois meses para ficar pronto e custou cerca de R$ 6 mil.O espaço de quatro metros por quatro de largura tem ainda um quarto com cama de solteiro e uma cômoda, um banheiro com chuveiro e uma cadeira de balanço.
“Eu gosto muito da natureza. Tentei de tudo para não deixar essa árvore morrer, mas não consegui salvá-la. Aqui no terreno tenho uma palmeira imperial e várias outras plantas”, diz. Enquanto conversava com o Diario, Iranildo escutava música no pequeno som no canto da parede. Numa prateleira ao lado, uma pequena TV em preto e branco e o aparelho telefônico completavam o cenário. “Já recebi até proposta para alugar o espaço. Mas não me desfaço dele de jeito nenhum. Estou muito realizado”, conta.
Para chegar ao topo da casa, é preciso subir uma escada. “A casa foi feita de madeira massaranduba, que não se estraga nem debaixo da água. Quando eu invento de fazer um negócio, eu faço bem feito. Ainda hoje trabalho no ramo da construção”, explica.Fonte :Diário de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário