segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Homem processa igrejas alegando que elas “arruinaram sua vida”

John Devaney é morador da pequena Narragansett, localizada em Rhode Island, o menor Estado norte-americano. Mas chamou atenção da mídia de todo o país este mês ao abrir um processo inusitado.

Devaney, 64, entrou com uma ação contra a Diocese Católica de Providence, alegando que a igreja em frente à sua casa realiza um “irritante ritual diário” que arruinou a sua vida. No processo, o papa Francisco e o núncio apostólico nos Estados Unidos, arcebispo Carlo Maria Vigano, são listados entre os réus. Quando ele e a esposa compraram sua casa, há 18 anos, o sino da Igreja Católica Saint Thomas More não funcionava. Cerca de seis anos depois, foi reativado com um sistema de operação eletrônica, amplificado por autofalantes. Desde então, ele toca, segundo Devaney cerca de 700 vezes por semana. A igreja anglicana Saint Peter, que fica na rua detrás é mencionada no processo, pois também toca seu sino, embora com menos frequência. Após ouvir mais de 36.000 “badaladas” anualmente por mais de uma década, ele alega que sua vida está destruída.

Os sinos das igrejas interromperam o sono Devaney, invadiram seus pensamentos, impediram que ele tivesse sossego nos finais de semana. Tudo isso gerou muito estresse e atrapalhou suas relações familiares, causando seu divórcio e obrigando-o a usar protetores de ouvido, alegou ele no processo.
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Agora, exige que o tribunal ordene que as igrejas reduzam a “poluição sonora”, baixando o volume dos sinos. Devaney também quer uma compensação financeira pelos problemas causados em sua vida. Ele alega que fez muitas denúncias, mas a prefeitura simplesmente os ignorava.

A Diocese de Providence, capital de Rhode Island, defende-se, alegando que o toque do sino segue a regulamentação. “Muitos na comunidade dizem gostar de ouvir o sino… A paróquia fica triste por esse único indivíduo que continuamente fez ataques pessoais contra fieis, visitantes e funcionários da St. Thomas More. Como uma comunidade de fé, vamos rezar pela paz e pela compreensão, pois todos os nossos vizinhos conhecem nossa caridade e preocupação com eles”.

A direção da Saint Peter preferiu não se pronunciar. O resultado do processo deve ser anunciado até o final do ano. Com informações de The Blaze e WSJ.

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