terça-feira, 24 de setembro de 2013

Pastores presos por causa da fé ganham dezenas de muçulmanos para Cristo

Após um final de semana marcado pelo conflito entre muçulmanos e cristãos que deixou dezenas de mortos no Quênia e no Paquistão, surgem notícias distintas vindas do Irã.

A esposa do pastor Saeed Abedini, que está há 12 meses em uma penitenciária no Irã por causa de sua fé, divulgou que o marido permanece pregando sobre Jesus Cristo na prisão.
Naghmeh Abedini falou aos estudantes da Universidade Evangélica Liberty sobre o sofrimento de sua família. Contou que, apesar de ser torturado e ouvir que se não voltar ao islamismo será morto, seu marido já levou 30 pessoas a Cristo. Ele está em Evin, considerada uma das piores prisões do mundo.

Dia 26 de setembro ele completa um ano de prisão e uma nova campanha de oração em favor do pastor Saeed está sendo realizada por ministérios de todo o mundo. Hassan Houhani, o novo presidente do Irã, tomou posse no mês passado. Ele tem se mostrado mais moderado que seu antecessor. Esta semana ele fará sua primeira viagem aos Estados Unidos para falar na assembleia geral das Nações Unidas. O Centro Americano para Lei e Justiça divulgou um comunicado que essa é a melhor hora para o governo Obama “falar, exortar o Irã a libertar o pastor Saeed”.


Um dos motivos dessa confiança é o caso de Ali Abdi Hamzah, também conhecido como “Pastor Jamal”. Ele recebeu um perdão presidencial inédito. Quem divulgou a notícia foi Terry Law, missionário americano que trabalha com a igreja perseguida através do seu ministério, Compaixão Mundial.

“Isso nunca aconteceu antes. É a primeira vez que o perdão é concedido a um muçulmano que se converteu ao cristianismo e passou a pregar a fé cristã a outros muçulmanos”, comemora.

Ao total, foram 21 meses de prisão. Em julho de 2011 ele foi condenado a cinco anos de prisão no Iraque, acusado de ser um espião do Irã. Na verdade, o pastor estava distribuindo alimentos às pessoas necessitadas e pregando o evangelho nos campos de refugiados de guerra.
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“Desde 2010 ele trabalhava conosco no Curdistão. Ficou detido por 14 meses sem acusação formal. Durante esse período, tentamos desesperadamente tirá-lo da cadeia”, conta Law.

Os curdos são um povo sem Estado, que vivem na região entre o norte do Iraque, o sul da Turquia e noroeste do Irã. Embora não tenham o reconhecimento dos outros países, possuem um governo paralelo. De maioria muçulmana, não permitem a mudança de religião.

O pastor Jamal estava doente. Foi detectado um tumor e ele precisava de tratamento. Agora solto, ele poderá receber acompanhamento médico. Ao sair da prisão, Jamal divulgou que levou 28 prisioneiros a Jesus Cristo. O governo dos EUA, juntamente com Terry Law negociaram sua libertação com Karim Sanjari, ministro do Interior da região curda. O atual presidente do Curdistão, Massoud Barzani é de origem iraniana. Ele assinou o perdão oficial, e por isso Jamal foi liberto da prisão após quase dois anos. Com informações de Protestante Digital e Charisma News.

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