quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Trabalhadores do comércio na RMR terão piso de R$ 800 a partir deste mês

Comerciários do Recife passam a ter piso de R$ 800. O reajuste da campanha salarial 2013 manteve a média percentual dos últimos anos e fechou com 10,19%. O primeiro salário com o novo valor chega ao trabalhador neste mês de setembro, mas é retroativo a 1º de julho, data-base da categoria. O salário passa de R$ 726 para R$ 800, além de outros ganhos reais. Os rendimentos dos comerciários na capital pernambucana são usados como base para a Região Metropolitana do Recife (RMR), que reúne mais de 100 mil trabalhadores no setor.
Com benefícios, o novo piso do comércio, sem horas extras e ajudas de domingos ou feriados, será de R$ 890. Além disso, a ajuda de custo da categoria (cesta básica) passa de R$ 70 para R$ 90, e haverá ajuda de custo de R$ 15 mais a folga na semana subsequente. Já os feriados passam a integrar um dia extra no contracheque mensal, adicionados de ajuda diária de R$ 21 mais a folga. Quem recebe acima do piso terá reajuste de 8,5%.


De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio no Recife (SECR), Severino Ramos, a capital é a maior praça do Nordeste em profissionais atuando no varejo e o bom volume de vendas permite negociação positiva com a classe patronal, que entende as necessidades. “Há três anos, estamos fechando as negociações com percentuais justos. No ano passado, conquistamos 10% e, neste ano, 10,19%. As melhorias são positivas para o bom andamento dos negócios”, destacou.
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O presidente do Sindilojas Recife, Fred Leal, justifica o reajuste. “O que puxa o salário do comércio para cima é a referência do mínimo. Considere um profissional sem qualquer qualificação que deve passar a receber, a partir de 2014, R$ 722,90, e um vendedor treinado que recebe R$ 800. Estamos um pouco maior e acho um valor justo a ser pago”, disse.

Sobre as queixas do varejo de negócios em baixa, Severino Ramos acredita no reaquecimento. “O varejo pernambucano e o do Recife em especial tem sempre boa movimentação e soluções para baixa de consumo, como fazer liquidações, entre outros instrumentos de mercado. As recentes greves de ônibus somadas a manifestos têm prejudicado, mas a recuperação é completamente viável”, rebateu.Fonte:  Diario de Perenambuco

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