terça-feira, 29 de outubro de 2013

150 cristãos são presos por fazerem campanha de oração

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As forças de segurança da Eritréia invadiram uma reunião de oração e prenderam 150 cristãos que estavam orando em Maitemenai, um subúrbio da capital Asmara. Segundo relatos da ONG International Christian Concern, eles estavam em uma campanha de oração justamente por causa da crise dos refugiados e da perseguição religiosa.

Nos últimos meses o país tem enfrentado uma grande crise e diariamente dezenas de famílias procuram refúgio em nações vizinhas ou mesmo na Europa. Embora a constituição assegure liberdade de culto, desde 2002, o governo eritreu fechou todas as igrejas que não pertencem aos grupos religiosos oficialmente registrados.

O encontro de oração organizado pelo esforço interdenominacional ‘Hiyaw Amlak’ (Deus Vivo), que faz parte da rede subterrânea de igrejas no país. Não foi divulgado oficialmente nenhum detalhe sobre o paradeiro dos presos, mas seus amigos e familiares acreditam que eles estão vivos, detidos no distrito vizinho de Edaga Hamus, onde ocorreram outras prisões semelhantes.


Segundo a missão Portas Abertas, a Eritreia é um dos maiores violadores de direitos religiosos. Acredita-se que no momento existam 2.000 cristãos presos por causa da sua fé e sem direito a julgamento. De maioria muçulmana, o país viveu uma guerra civil na década passada, onde os cristãos foram massacrados. De tempos em tempos, ocorrem novos ciclos de perseguição. Os cristãos das igrejas subterrâneas temem que até o final do ano ocorram novas prisões.

O país é classificado pelo Portas Abertas como de “perseguição extrema” ocupando a 10ª posição no ranking mundial de perseguição. Em 2001, foi proibida todo tipo de impressão de materiais religiosos não muçulmanos. No ano seguinte, estabeleceu-se a proibição de qualquer nova igreja cristã. Os que são presos por questões religiosas são mantidos em condições desumanas, colocados em contêineres de metal ou em celas subterrâneas.

De acordo com a ONU, duas em cada três eritreus sofrem de desnutrição, porém o governo restringe a ajuda de grupos humanitários para limitar a influência externa, isso inclui missões evangélicas. Com informações Religion Today.

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