(CNN) - Um raio-X mostra uma bala alojada na cabeça de um bebê. A imagem era assustador, sem saber que a criança ainda estava no ventre de sua mãe, quando ele se tornou o alvo de franco-atiradores escondidos nas sombras, no norte da Síria.
A mãe sobreviveu. Seu bebê não. E não foi o único.
David Nott, um cirurgião britânico e voluntário médico que já trabalhou em vários hospitais da Síria com a ajuda de caridade, disse que atiradores estão jogando "shooting" e as mulheres grávidas estão em sua lista de desejos.
"A maioria das crianças mortas tinham idades de sete, oito e nove meses de gestação, o que significava que era bastante óbvio para qualquer um que essas mulheres estavam grávidas", disse Nott.
Atiradores de elite da guerra civil na Síria estão mirando seus rifles em alvos não militares, como civis, mulheres e até crianças e grávidas, informou na noite de sexta-feira (18) o jornal britânico The Times.
De acordo com o periódico, as revelações foram feitas pelo médico cirurgião dr. David Nott, que trabalhou em território sírio como voluntário.
Dr. Nott afirmou que, em seus 20 anos de voluntariado em zonas de guerra, ele jamais havia testemunhado mulheres gestantes serem alvos de atiradores de elite.
O cirurgião vascular no Hospital Chelsea e Westminster, em Londres, contou sobre os horrores sofridos pelos civis presos entre as tropas governamentais e rebeldes, descrevendo-os como " o inferno além do inferno".
Ele comentou que as mulheres e crianças sírias acabam sendo alvos fáceis dos atiradores de elite quando precisam sair nas ruas e acabam sendo pegas de surpresa em um fogo cruzado.
Assim, por dois dias, ele alegou que duas mulheres grávidas foram atendidas em sua clínica com tiros no abdome. Os bebês não resistiram aos ferimentos.
Mais de 100 mil pessoas foram mortas no conflito que já dura dois anos e meio na Síria e que começou com protestos populares contra o presidente Bashar al Assad, antes de acabar em guerra civil. Fonte: R7
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