sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Igreja faz exorcismos para livrar México do “diabo do narcotráfico”

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O México está sendo assolado por uma onda de violência que já matou mais de 70 mil pessoas. Preocupados com esses números, a Igreja Católica está empenhada em arrancar o mal através do exorcismo, pois muitos traficantes são devotos da Santa Muerte.

A guerra contra o narcotráfico está sendo travada pelo governo mexicano desde 2006, mesmo período que o número de devotos da seita, que tem como símbolo uma caveira vestida de noiva com uma foice na mão, começou a crescer no país.

“Esse culto foi adotado por traficantes de drogas que pediram ajuda à Santa Muerte para evitar ir à prisão e ganhar dinheiro”, explica o padre exorcista Francisco Bautista, que atua na cidade do México.

A procura por religiosos que consigam expulsar demônios está crescendo e não é por menos, a população está assustada com a violência e com a crueldade como as pessoas estão sendo mortas.

“Nós acreditamos que, por atrás de todos esses episódios, há um agente das trevas cujo nome é Satanás. Nosso Deus quer que tenhamos aqui um ministério do exorcismo e liberação, para lutar contra essa força obscura”, disse o padre Carlos Triana.


Em troca da proteção contra os policiais, os traficantes oferecem sacrifícios humanos para Santa Muerte, o que deixa a situação da população mexicana ainda mais vulnerável. “Há uma infestação de demônios no México porque nós abrimos as portas para esse tipo de crença”, diz o padre Bautista.

Para os exorcistas, além do culto à Santa Morte outro fator que pode ter aumentado a quantidade de demônios no país seria a descriminalização do aborto. “As duas coisas estão relacionadas. Há uma infestação de demônios no México porque nós abrimos as portas para esse tipo de crença.”

Outro padre exorcista é Enersto Caro, que mora em Monterrey, ele tem exorcizado vários membros dos cartéis de drogas e conta um caso em que precisou socorrer um assassino. Esse homem contou que cortava as vítimas em pedaços e gostava de ouvi-las chorar enquanto decepava seus membros. Outra atrocidade revelada pelo criminoso foi que ele gostava de queimar as pessoas vivas.

“A Santa Muerte está sendo usada por todos os nossos traficantes de drogas e aqueles vinculados a esses assassinatos brutais. Descobrimos que a maioria deles, se não todos, são devotos da Santa Muerte”, disse.
Crescimento da seita é culpa dos católicos
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A reportagem da BBC Mundo também conversou com Enriqueta Romero responsável pelo maior culto da Santa Muerte. Uma mulher de 60 anos serve à Santa Morte há 12 anos e acusa a Igreja Católica do crescimento da seita.

“Acabaram com a nossa fé quando soubemos o que os padres vinham fazendo. Qual direito eles têm de nos criticar? Que acreditamos na Santa Muerte? Isso não é ruim. O ruim é o que eles fizeram”, diz Romero.

Ela também comentou sobre a quantidade de criminosos que também serve à Santa Morte e disse que o México é um país livre. “Todos podem fazer o que quiser. Todos teremos de responder a Deus em algum momento”.Fonte:GospelPrime

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