segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Pastores pedem rifles para se proteger contra ataques no Quênia

-->

Desde o ataque ao shopping center na capital Nairóbi, pastores do Quênia tem vivido sob muita apreensão, principalmente devido a onda de violência contra os cristãos no país.

No último mês dois pastores da região de Mombaça foram assassinados dentro de suas igrejas. Charles Mothole, pastor da Igreja Evangélica dos Redimidos, foi encontrado morto com de joelhos e com a Bíblia na mão. Um dia depois, Ebrahim Kidata, Igreja Pentecostal do Leste Africano, também foi assassinado dentro de sua igreja.

Devido os constantes ataques alguns pastores estão pedindo rifles para se proteger dos extremistas islâmicos. Os líderes religiosos culpam organizações terroristas, como a al-Shabab, que tem atraído cada vez mais os jovens muçlmanos do Quênia, por promover o ódio contra os cristãos no Quênia.

“A maioria de nossas igrejas não possuem qualquer proteção. Não têm muros nem portões. O governo deve enviar fuzis AK-47 para cada igreja. Assim poderemos impedir que nossas igrejas sejam queimadas, nossas casas saqueadas e os cristãos, mortos”, defendeu o pastor Lambert Mbela, durante o funeral de Mathole.

Igrejas tem sido incendiadas por jovens na área de Mombasa. E devido a insegurança na região os líderes querem armamentos para se defender contra os ataques. Mas alguns líderes avaliam a iniciativa como extremamente perigosa para o futuro da igreja na região.


“Eu não acho que armarmos os cristãos quenianos irá garantir a segurança”, disse o pastor Peter Karanja, secretário-geral do Conselho Nacional das Igrejas do Quênia. “No entanto, o governo deveria ver isso como um alerta. Os quenianos estão ficando cansados ​​dessa insegurança constante”.

Karanja clamou ao governo para que disponibilize pessoal e recursos suficientes para melhorar a segurança das igrejas, escritórios e residências na região. ”Não posso concordar que cada pastor precise ter um rifle para sentirem-se seguros”, disse.

As igrejas católicas também estão pedindo que se reforce o diálogo inter-religioso. Wilybard Lagho, arcebispo da Arquidiocese Católica Romana de Mombaça disse que o pedido de armas ao governo é “uma solução superficial para um problema complexo”. Com informações Religion News.

Nenhum comentário: