Associação Americana de Psiquiatria acaba de mudar a classificação de pedofilia, considerada até então como sendo um transtorno mental, para uma orientação ou preferência sexual. A alteração faz parte da mais recente edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição (DSM-V). Trata-se de um manual para diagnóstico de doenças mentais. Pra começo de conversa, a classificação da pedofilia como uma orientação sexual descontrói todo o trabalho de pesquisas e estudos de profissionais da área. Criou-se, no entanto, um modelo de pesquisa para defender a prática criminosa do abuso aos quais as crianças podem ser submetidas.
Se não bastasse os problemas e os abusos que as crianças no mundo sofrem, como trabalho infantil, violência e maus-tratos, ainda passam a ser submetidas as fantasias de bandidos inescrupulosos que seduzem, acariciam e submetem meninos e meninas a executarem suas fantasias. Neste sentido, as ciências médicas ainda pretendem contribuir para a defesa destes, às vezes pais, padrastos, tios, pessoas próximas, que roubam a inocência e destoem os sonhos destes pequenos.
Lembro que a psicologia no Brasil segue o modelo de psicologia americana – ainda que às vezes me pareça pior. Sim, pois só o Conselho Federal de Psicologia nesta República interfere de forma indevida na relação entre paciente e psicólogo e proíbe os profissionais da área de pesquisarem, oferecerem ajuda ou mesmo discutirem a orientação sexual. Bem, para quem não sabe, falo do Projeto de Decreto Legislativo que foi difamado pela imprensa e chamado de “cura gay”. Mas não vem ao caso, para este ainda temos solução.
Criou-se agora uma nova farsa na psicologia americana, que em breve deve ser adotada pela psicologia brasileira, e não me espanto se começarem a surgir militantes querendo leis de privilégio ao abuso infantil. Mesmo porque, no anteprojeto da reforma do Código Penal, já havia a intenção de reduzir a idade para presumir-se estupro de vulnerável.
Diz-se por aí: “Pobre do pedófilo! Só porque tem uma orientação sexual diferente. Só porque “ama” criancinhas. Só porque não consegue achar prazer a não ser quando se “diverte” com pequenos”. Ora, quer dizer que a inteligência previamente identificada no pedófilo, capaz de construir situações para seduzir sua vítima, para satisfazer seu prazer doentio é apenas o desespero de um ser apaixonado – diga-se de passagem – por outro que não sabe nem discernir abuso de paixão? É outra mentira!
Ademais, parece-me evidente que existe um consenso de maioria influente por trás desta decisão do órgão americano de psicologia em definir a pedofilia como “uma orientação sexual ou preferência sexual desprovido de consumação, enquanto o ‘distúrbio pedófilo’ é definido como uma compulsão e usado para caracterizar os indivíduos que usam assim a sua sexualidade”. Cabe lembrar que este referencial é para crianças menores de 13 anos de idade.
Se chegar no Brasil, e é pouco provável que não chegue, esta absurda definição de orientação será usada pelo Conselho Federal de Psicologia para proibir os profissionais de tratarem quem gosta de “brincar” com criancinhas – como no caso da orientação homossexual. Que lembro ser o Brasil, o único país que proíbe psicólogos e psiquiatras de discutirem, estudarem ou oferecerem ajuda para quem desejar ser orientado sobre o tema. Resolução obviamente autoritária.
Ora, trata-se de ideologia, de militância descabida. Mostra-se a má vontade logo na definição: quem tem desejo por manter relações sexuais com uma criança não é o mesmo que quem consuma o ato. Sandice! Ou: quem consuma não teve desejo? E quem tem desejo não pode consumar? Talvez: galantear crianças não é o mesmo que obriga-las a satisfazer seus prazeres absurdos. Tenham paciência! Quem seduz crianças é tão criminoso quanto quem força os pequenos ao coito.(Colunista: Marco Feliciano)
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