quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Seguidores de pastor tentam dar golpe de Estado

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Segundo informações oficiais da República Democrática do Congo, 103 pessoas morreram nos ataques realizados nos últimos dias do ano nas cidades de Kinshasa e Lubumbashi, as principais do país.

“O balanço final é pesado, muito pesado (…) O resultado definitivo desta ofensiva terrorista é de 103 mortos, incluindo 95 terroristas e 8 elementos das Forças Armadas”, explicou Lambert Mende, porta-voz do governo.

Um dos aspectos inusitados e pouco divulgados pela imprensa é que esse “bando de terroristas” que realizou os ataques era formado em parte por fiéis de uma igreja evangélica.

Armados com facões e revólveres, eles atacaram a estação de televisão estatal, o aeroporto e a principal base militar na capital do Congo, mas foram repelidos por militares.

O porta-voz do governo explicou que 16 pessoas foram mortas na base militar, 16 no aeroporto e oito na estação de TV. Outros seis foram capturados, disse ele.


Parte da tentativa de golpe foi transmitida pela Televisão Nacional Congolesa, que estava transmitindo ao vivo quando foi invadida. Os homens que invadiram o estúdio se identificaram como seguidores do pastor Joseph Mukungubila Mutombo. Considerado um profeta no país, Mukungubila foi candidato na eleição presidencial de 2006. Ele perdeu para Joseph Kabila, que é o atual presidente.

Os homens que atacaram a estação de televisão disseram que tinham uma mensagem para compartilhar, mas o sinal foi cortado antes que pusessem entregá-la. Segundos funcionários da emissora, antes de serem presos, os homens gritaram nos corredores “Mukungubila veio para libertar Congo da escravidão que nos foi imposta por Ruanda.”

Segundo o porta-voz da presidência, o pastor Mukungubila está foragido e é considerado parte da tentativa de golpe.

Com 66 milhões de habitantes, o Congo é uma das maiores nações africanas e considerada uma das mais pobres do mundo. O país vive um clima de instabilidade política desde 2001, quando ocorreu o assassinato de Laurent Kabila, pai do atual presidente. Ele vem ganhando as eleições desde então, mas é acusado por seus opositores de fraudar todas elas. Com informações Scotsman
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