sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ESTUDO DA E.B.D LIÇÃO 09 "UM LUGAR DE ADORAÇÃO A DEUS NO DESERTO"

Aula prévia referente a Lição 09 - UM LUGAR DE ADORAÇÃO A DEUS NO DESERTO
do 1º Trimestre de 2014: Uma jornada de fé - A formação do povo de Israel e sua herança espiritual, como preparação dos Professores da E.B.D


Ev. Dr.Caramuru Afonso Francisco
Assembléia de Deus - Belém/SP
UM LUGAR DE ADORAÇÃO A DEUS NO DESERTO
Texto Áureo Ex. 25.8 – Leitura Bíblica Ex. 25.1-9
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INTRODUÇÃO:  A adoração deveria ser prioridade do povo de Israel, na verdade, a partida do Egito tinha justamente esse objetivo (Ex. 10.8-11). Na aula de hoje estudaremos a respeito do lugar que Deus estabeleceu para Sua adoração no deserto. Inicialmente, destacaremos o processo de construção desse lugar, em seguida, atentaremos para a presença de Deus nesse lugar, e ao final, para o propósito desse lugar. Destacamos, a princípio, que adorar não é apenas uma obrigação, mas uma necessidade, para Deus nos criou, e não nos realizamos nada mais, a não ser nEle.


1. A CONSTRUÇÃO DO LUGAR: Fomos chamados para a adoração a Deus, essa mensagem foi reforçada por Jesus, ao responder à mulher samaritana, destacando que Deus busca adorador, que O adorem em espírito e em verdade (Jo. 4.23,24). A adoração cristã não está limitada a um espaço físico específico, mas esse também não pode ser descartado, afinal de contas, somos seres no tempo e no espaço. O povo de Israel, no período de constituição da sua fé, precisou de um lugar para adorar a Deus. Para tanto, Moisés, Arão, Nadabe e Abiú e os setenta ancião subiram a um lugar mais alto, para se encontrarem com o Senhor (Ex. 24.9-11). Moisés e Josué precisaram subir um pouco mais, a fim de ouvirem as instruções de Deus (Ex. 24.13,14). Finalmente, Moisés teve que subir mais ainda para ver a glória do Senhor (Ex. 24.15-17), isso revela a necessidade de ir mais acima, em direção aos lugares altos, para desfrutar das grandezas de Deus. Atualmente dispomos de um vivo caminho, que nos foi consagrado por Jesus, na cruz do calvário (Hb. 10.19-25). Os israelitas receberam, através de Moisés, e providenciado por Deus, um projeto para a construção de um lugar para adoração. Esse lugar foi o tabernáculo, uma espécie de templo móvel, que deveria ser construído de acordo com as especificações dadas a Moisés, no monte (Ex. 25.40). A adoração a Deus, conforme nos Jesus nos ensinou, não pode ser realizada de qualquer modo, mas em verdade, que é próprio Cristo, e em Espírito, considerando que Deus é Espírito (Jo. 4.24). Para a construção do tabernáculo, Deus providenciou o material, a partir das ofertas do povo, que superabundou (Ex. 36.6,7). O Senhor também capacitou os construtores pelo Espírito Santo, dando a Bezalel e Aoliabe a sabedoria necessária para conduzir o trabalho. Ainda hoje recebemos do Senhor os dons, espirituais (I Co. 12.1-13) e ministeriais (Ef. 4.11-16), para a edificação do Corpo de Cristo.

2. A PRESENÇA DE DEUS NO LUGAR: No tabernáculo deveria ser colocado a arca da aliança, uma peça de madeira que media em torno de um metro e quinze de cumprimento, setenta centímetros de altura, e setenta centímetros de largura, que deveria ficar no Santos dos santos (Ex. 25.10-22). Essa arca simbolizava a presença de Deus naquele lugar, a shekinah. Essa arca apontava para Jesus, pois era de madeira (a natureza humana) e revestida de ouro (a natureza divina). De acordo com Hb. 9.4 havia, dentro da arca, as tábuas da lei (Ex. 25.16), um vaso com maná (Ex. 16.32-34) e o bordão de Arão que floresceu (Nm. 16-17). Jesus é a revelação de Deus, Cristo obedeceu à lei (Hb. 10.5-9), Ele mesmo é o Pão da Vida (Jo. 6.32). Por meio dEle temos livre acesso à presença de Deus, pelo Seu sangue derramado na cruz do calvário, pois Ele é nossa propiciação (Hb. 10.19-25). Naquele lugar havia também os pães da preposição, antecipando, como já destacamos, que Cristo é o Pão da Vida (Jo. 6.26), acompanhado com incenso, sugerindo uma oferta ao Senhor (Ex. 25.29). Havia também um candelabro, feito de aproximadamente trinta e oito quilos de ouro batido, com seis hastes, acesas com óleo, e que deveriam queimar continuamente (Ex. 27.20,21). O incenso também representa a oração que sobe à presença de Deus, o fogo do candelabro a Palavra de Deus (Sl. 119.105, 130). De fato, a oração e a palavra de Deus devem andar juntas. Há pessoas que oram demais, mas leem pouco a Bíblia, outros, leem demais, mas não oram. É preciso equilíbrio espiritual nesse sentido, para evitar os extremos do fanatismo ou do intelectualismo. O óleo é símbolo do Espírito Santo (Zc. 4.1-7), devemos depender dEle para a construção de um relacionamento profícuo com Deus. Sem o poder do Espírito Santo não podemos nos aproximar de Deus, e dar glória a Cristo, pois Ele é o Consolador (Jo. 16.14), que veio para estar sempre conosco. É Aquele que nos capacita para testemunhar a respeito da morte e ressurreição do Senhor Jesus (At. 1.8).
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3. O PROPÓSITO DO LUGAR: O tabernáculo não deveria ser apenas um espaço adornado, deveria ter um sentido para ser criado. Muitos querem transformar as construções eclesiásticas em um fim em si mesmo, distanciando-as do seu intento, a oração e a ministração da palavra. Aquele deveria ser um lugar para a oração, o incenso apontava para essa necessidade. Devemos lembrar que nossas orações devem subir, como incenso, à presença de Deus (Sl. 141.2). Quando o sacerdote queimava incenso, na Antiga Aliança, chamava o povo à oração (Lc. 1.8-10). Os cristãos estão esquecendo-se de orar, o pragmatismo moderno está distanciando muitos do altar. Mas precisamos retornar à oração, adorando a Deus, confessando nossos pecados, em ação de graças, fazendo petições e intercessões (I Tm. 2.1; Fp. 4.6), seguindo os princípios orientados por Jesus (Mt. 6.5-15). O tabernáculo também era um lugar de sacrifício, sangue de animais era derramado, para expiar o povo dos seus pecados (Lv. 1.1-9). Nos dias atuais não precisamos mais derramar sangue de animais, pois o sacrifício de Jesus foi perfeito, Ele se tornou o único caminho para a salvação (Jo. 14.6) e em nenhum outro há salvação, senão nEle (At. 4.12). Como cristãos, devemos prestar a Deus um culto racional, e entragá-LO as nossas vidas, em obediência a Sua boa, perfeita e agradável vontade (Rm. 12.1,2). O cristão não tem prazer em pecar, Ele se compraz na santidade, mas se pecar tem um Advogado, perante o Pai, Jesus Cristo (I Jo. 1.5-2.2). Os sacerdotes do Senhor, durante a ministração, passavam pelo ritual de purificação, lavando os pés com a bacia de água. A água também é símbolo de pureza na Bíblia (Sl. 51.1,2; Is. 1.16). Jesus é a Água da Vida (Jo. 4.14; 7. 37), que nos purifica, pela palavra (Jo. 15.3), a partir do novo nascimento (Jo. 3.5). Mas temos também a responsabilidade de buscar a purificação, deixando toda impureza, aperfeiçoando-nos em santidade (II Co. 7.1).

CONCLUSÃO: O povo de Israel dispunha de uma construção, denominada Tabernáculo, para adorar a Deus. Os cristãos, no tempo presente, se aproximam de Deus por Jesus Cristo, nEle encontramos o caminho para viver para o Senhor (II Pe. 1.3). Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento de Deus (Cl. 2.9), nEle temos todas as bênçãos espirituais (Ef. 1.3). A adoração cristã não está restrita a um lugar, muito menos ao tempo, precisamos viver, a todo tempo, e em todo lugar, para a glória de Deus (Rm. 14.6-8; I Co. 10.31; II Tm. 3.16), isso não descarta a existência de espaços específicos, em templos e nas casas, para a adoração ao Senhor e a comunhão entre irmãos e irmãs (At. 5.42).

BIBLIOGRAFIA: MOTYER, J. A. The message of Exodus. Downer Grove: IVP, 2005.
WEIRSBE, W. W. Exodus: be delivered. Colorado Springs: David Cook, 2010.

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