A jovem Marina Pinto Borges, de 22 anos, que caiu de carro na Ponte Rio-Niterói quando dirigia sozinha um Renault Sandero, já está levantando sozinha no Hospital Pasteur, no Méier, onde está internada. Mas, segundo o boletim médico divulgado nesta sexta-feira, ainda não há previsão de alta. Passado o primeiro susto, ela diz que "a ficha ainda não caiu". Depois do acidente, a jovem tem como o maior desejo voltar a dormir na sua cama, em São Gonçalo.
— Estou bem. Não consigo pensar que passei por tudo isso. A minha ficha ainda não caiu. Não me lembro de tudo o que aconteceu. Agora só quero ir para casa descansar e dormir na minha cama — disse Marina.
De acordo com a estudante, ela sempre sai de casa com o cinto de segurança. No dia do acidente, ela imagina que estava usando o equipamento:
— Eu cai na água junto com o carro. Quando fez aquela bolha na água, como quando a gente joga uma pedra, eu consegui sair. Eu acho que foi pela janela.
Marina disse que não tem religião, mas acredita em Deus. Antes do acidente, nunca tinha quebrado nenhuma parte do corpo. Ela está com o lado esquerdo todo roxo e inchado. Já o lado direito não sofreu nada.
— Minha fé me basta. Não estava em dia com as minhas orações, mas meu anjo da guarda estava — disse.
Estudante de engenharia de produção, a jovem conta que vai se formar nesse semestre e pretende seguir a vida. Ela, porém, disse que não terá coragem de olhar para baixo quando passar pela Ponte Rio-Niterói:
— Agora a vida segue normal.
Marina bateu na mureta central da ponte. Logo em seguida, o veículo capotou sete vezes e foi lançado ao mar. Ela estava indo de casa, em São Gonçalo, para a empresa onde trabalha no setor de compras, em Olaria. O acidente ocorreu na segunda-feira de carnaval. A jovem teria tentando desviar de umcarro que freou bruscamente na sua frente. Na ocasião, o comandante de um rebocador da empresa Camorim Serviços Marítimos, Luiz Felipe Oliveira, contou que escutou o acidente pelo rádio e foi até o local. Ele acionou a firma de praticagem do Rio de Janeiro e marinheiros prestaram socorro à vítima.
— Quando chegamos, o carro ainda não tinha afundado e ela estava a 250 metros do veículo. Estava em estado de choque, mas contou que não havia mais ninguém com ela. Há cinco anos trabalho em rebocador e nunca tinha visto algo assim antes — disse Luiz Felipe.Fonte:O Glogo
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