O avião da Malaysia Airilines caiu no local mais longe de tudo que podia cair. À superfície, o mar é batido por ventos fortes, com icebergues a flutuar entre vagas gigantes. Debaixo de água há vulcões e um fundo acidentado e em constante movimento naquele pedaço de Oceano Índico onde terão morrido 239 pessoas.
Seis países, apoiados por 12 aviões e outros tantos barcos, participam nas buscas para encontrar algo que esclareça o mistério do voo MH370, que partiu de Kuala Lumpur, na Malásia, a 8 de março, com destino a Pequim, na China, mas terá terminado o percurso milhares de quilómetros a sul, numa zona remota do Oceano Índico.
"A zona do acidente é tão próxima de lado nenhum quanto podia ser, mas é mais próxima da Austrália do que de que outro lado qualquer". Por estas palavras, assim foi feita pelo primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, a definição do local onde decorrem as buscas.
Os primeiros destroços, localizados por um satélite australiano, a 16 de março, mudaram o rumo das buscas de Norte para Sul, para aquela remota zona do Oceano Índico, um deserto marinho temido pelos marinheiros mais experientes, que o apelidam de "terra da sombra", devido às condições extremas do local: ventos fortes, paredes de água, icebergues e luz muito baixa.
"Esta é a parte mais ventosa e mais turbulenta do Oceano Índico", confirma oceanógrafo australiano Erik van Sebille, sustentando que os barcos frequentemente se deparam com ondas de 10 a 15 metros, em caso de tempestade.
O aparelho, dizem as autoridades malaias, com base em cálculos da empresa britânica de análise de dados de satélite Inmarsat, caiu nos confins dos oceanos Índico e Austral, 2500 quilómetros a Oeste da cidade australiana de Perth. Não há provas, mas cada vez se avistam mais destroços, e só esta terça-feira foram detetados 122 objetos que podem pertencer ao avião desaparecido.Fonte:JN
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