O Ministério da Educação determinou que 110 bolsistas inscritos no programa Ciência Sem Fronteiras retornem ao Brasil. Os estudantes não chegaram a começar as atividades nas universidades estrangeiras. Eles estão fora do país desde setembro do ano passado para aprimorar o inglês. As bolsas foram ofertadas por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes). Esses alunos, de acordo com o órgão, não alcançaram os critérios exigidos para a manutenção da bolsa, como histórico escolar e proficiência no idioma.
Por enquanto, devem voltar ao país 80 bolsistas que estão no Canadá e 30 na Austrália. Eles fazem parte do grupo de candidatos selecionados para estudar em Portugal, mas, após a suspensão do país ibérico do edital, foram realocados em universidades de outros países. O governo federal decidiu excluir Portugal do programa por entender que já havia grande número de estudantes naquele país e que lá os brasileiros não dominariam uma segunda língua. Esses participantes fizeram curso de inglês nos países de destino e, depois, precisaram fazer um teste de proficiência, para avaliar o nível de domínio do idioma.
Estudantes reclamam que a prova de certificação foi antecipada e que a permanência no país será perdida sem a realização do estágio. Além de interromper os planos dos estudantes, a decisão significa prejuízo para os cofres públicos: cada aluno já recebeu cerca de US$ 12 mil, além dos valores com passagens aéreas e seguro-saúde. Esse investimento não retornará ao país em forma de capacitação profissional e acadêmica, a contrapartida do programa.Fonte:Correio Braziliense
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