sexta-feira, 9 de maio de 2014

A criação do Universo em imagens

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MASSACHUSETTS — Nuvens de gás explodindo, buracos negros vorazes, nascimento e morte de incontáveis estrelas, a formação de galáxias e a importância dos elementos químicos para a criação de planetas e vida no Cosmo. É esse o cenário de um vídeo divulgado pela revista “Nature” que simula virtualmente a criação do Universo de 12 milhões de anos após o Big Bang até os dias atuais, 14 bilhões de anos depois.

A simulação foi possível graças a um modelo computacional, descrito como o mais complexo já criado, feito por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Supercomputadores condensaram, em apenas seis meses, as informações utilizadas pelos cientistas. Um desktop comum, asseguram eles, levaria dois mil anos para processar os mesmos dados.

As imagens tem como base as leis da física e as teorias para a formação de galáxias e evolução estelar. De acordo com os pesquisadores, a simulação irá ajudar cientistas a testar as suas teorias sobre o Universo, comparando a aparência do Cosmo virtual com observações feitas em telescópios e outros instrumentos.

— Nós temos esse problema de astrofísica que não nos permite ir e fazer experimentos em laboratório para testar nossas teorias — afirmou Mark Vogelsberger, pesquisador do no MIT que trabalhou na simulação ao “Guardian”. — A única maneira de testá-las é comparar os nossos modelos com as melhores observações do espaço.
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O modelo de computador simula o comportamento da matéria escura, material invisível que se uniu no início do Universo para formar uma teia cósmica e a energia escura — uma força misterioso que impulsiona a expansão do Cosmo.


O vídeo mostra o Universo evoluindo, com a criação das primeiras galáxias com sóis nascentes e os buracos negros em seu centro. Entre elas, grandes extensões de gases preenchem os espaços. Em princípio são o hidrogênio e o hélio, enquanto elementos mais pesados como o carbono e o oxigênio são expelidos do interior das estrelas quando elas explodem.


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A simulação foi comparada com imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble e, apesar de, em geral, ter se aproximada da realidade, as discrepâncias mostram que as teorias para a evolução do Universo devem ser repensadas.

Uma das diferenças foi a idade das estrelas em galáxias de pouca massa — 100 vezes menores que a Via Láctea.

— Isso significa que a simulação está formando essas galáxias de pouca massa muito cedo, por isso as estrelas são muito velhos em comparação com as do Universo real — disse Vogelsberger. Fonte:O Globo

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