A exposição do esqueleto de 30 metros de comprimento de um Alossauro, espécie que se assemelha a um Tiranossauro Rex, no Museu da Criação chamou atenção da mídia essa semana.
O problema é que o museu, ligado ao ministério cristão Answers in Genesis, afirma que o dinossauro em questão morreu durante o dilúvio universal, ocorrido cerca de 4.300 anos atrás. Os cientistas dizem que os últimos dinossauros viveram na Terra há mais de 60 milhões de anos.
O fundador do Museu da Criação, Ken Ham afirma que a nova exposição “vai nos ajudar a defender o livro de Gênesis e expor os problemas científicos com a evolução”. A nova exposição quer provar que os dinossauros viveram ao lado de seres humanos alguns milhares de anos atrás e foram extintos durante o dilúvio narrado pela Bíblia.
O ministério cristão explica que cerca de 50% dos ossos do esqueleto foram recuperados numa escavação no Estado do Colorado, mais de uma década atrás. “Os evolucionistas usam dinossauros para atrair as crianças e, acima de tudo, promover sua visão de mundo”, reclama Ham. “Nosso museu utiliza dinossauros para ajudar a contar a sua verdadeira história, segundo a Bíblia”. O esqueleto recebeu dos cientistas cristãos o nome de “Ebenezer”, termo bíblico para “gratidão a Deus”.
As maiores escolas de geologia dos EUA defendem que o Alossauro era o carnívoro mais comum na América do Norte durante o período Jurássico, cerca de 150 milhões de anos atrás.
A questão do dilúvio nos tempos de Noé, que segundo o Antigo Testamento matou todos os animais e seres humanos que não estavam na arca, é sempre motivo de discórdia entre os defensores do evolucionismo. Daniel Phelps, presidente da Sociedade Paleontológica Americana, disse em um comunicado que o Museu da Criação “decidiu, sem fazer pesquisa alguma, que o fóssil de dinossauro é uma evidência do dilúvio de Noé”.
Segundo o cientista Bill Nye, que apresentava programas de TV sobre dinossauros, a alegação do Museu é piada. “Se houve um grande dilúvio sobre a terra, os ossos de todos os tipos de animais estariam misturados com fósseis de dinossauros, o que não aconteceu. Isso é evidência suficiente para reconhecer que eles pertencem a um período de tempo muito anterior”, sentencia. Com informações Huffington Post.
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