A revista Veja investigou nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e observou que pelo menos 121 deputados e senadores da atual legislatura receberam dinheiro de empresas investigadas pela operação Lava-Jato, da Polícia Federal.
Foram 96 deputados e 25 senadores, incluindo parlamentares da bancada evangélica, que tiveram suas candidaturas beneficiadas com dinheiro de empresas fornecedoras da Petrobras. As empresas estão sendo investigadas por terem depositado valores para a M.O. Consultoria, empresa de fachada criada pelo doleiro Alberto Youssef, como explica a publicação da editora Abril.
Ao que consta, os 18 grupos empresariais que estão sob suspeita da Polícia Federal doaram 856 milhões de reais a partidos políticos e candidatos entre 2006 e 2012.
O PT foi o partido que mais recebeu dinheiro, sendo 12,6 milhões. Em seguida está o PP com 4,4 milhões em doações, O PMDB também aparece na lista com 2,6 milhões. Legendas como DEM e PSDB também figuram na lista com 2,1 milhões e 2 milhões respectivamente.
Os parlamentares evangélicos que aparecem na lista são: Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Marcelo Aguiar (DEM-SP), Benedita da Silva (PT-RJ), Magno Malta (PR-ES), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Walter Pinheiro (PT-BA) e outros.
O diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo, explicou à Veja que o fato de terem recebidos doações das empresas investigadas, não significa que os parlamentares estariam defendendo os interesses dessas organizações.
“Não significa que todos vão defender os interesses desses grupos, mas, em qualquer decisão que se tome, tem que ser analisado se os parlamentares não servem aos interesses de financiadores. Isso só pode ser verificado na atuação concreta”.
A Veja listou o nome, o partido, o estado que representa, o cargo e a quantidade de doações recebidas por cada um dos parlamentares.
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