quarta-feira, 14 de maio de 2014

Playboy: Quem estaria interessado em ver Marco Feliciano perder o título de pastor?

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Li, perplexo, a matéria que dizia que “Marco Feliciano passa por processo disciplinar e pode perder título de pastor: Confradesp afirma que entrevista à “Playboy” pode estimular fiéis a comprarem a publicação”. Causa-me bastante estranheza essa alegação simplória e sem muito fundamento de que irmãos possam ser estimulados a adquiri-la, visto que os assinantes e compradores não adquirem tal revista com intenção de ler a entrevista de pastores, políticos ou outras personalidades. O foco é outro, bem distante da questão ligada à opinião política e filosófica. Quem precisa saber as opiniões de religiosos, políticos ou outras personalidades conhece os melhores veículos de comunicação para encontrá-las, especialmente a internet.

Se fosse verdade que religiosos não devessem dar entrevistas nem mesmo defendendo a sua fé ou a sua posição, em revistas que tivessem em seu foco temas relacionados à nudez ou outras coisas distantes da realidade dos princípios cristãos, os pastores deveriam retirar-se das emissoras de TV, pois quase todos os canais seculares estão impregnados com este tipo de material que afronta os princípios cristãos e familiares. Pior, contam com a audiência de muitos evangélicos. Havendo coerência, essa postura de moralismo público contra Marco Feliciano não deve ter motivações de decência ou comportamento cristão. Parece estar ligada à questão política mesmo.

Por conta dos fatos relacionados à presidência de Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado tomou grande projeção e espera-se, com isso, que aumente seu eleitorado. Outros candidatos evangélicos que disputam o voto cristão no mesmo “aquário” em São Paulo estão se sentindo ameaçados.


A iniciativa de exclusão do pastor partiu de onde? Da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo (Confradesp), presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, que também é presidente da CGADB e da Assembleia de Deus em São Paulo.

Quando Feliciano estava nas graças do povo porque estava sofrendo perseguição política devido sua permanência na CDHM, o presidente da CGADB chegou a defendê-lo, porém, próximo das eleições, pastores ligados a Convenção Geral parecem ter a nítida intenção de manchar a imagem de Feliciano.

Como essa espécie de factoides é normal no âmbito da política medíocre, alguns deputados – que se silenciaram durante a crise que se deu no Congresso por conta da ascensão de Feliciano na CDHM da Câmara dos Deputados – sabem que as suas atuações pífias e oportunistas foram observadas e registradas pelo eleitor atento. Comportamentos indiferentes como esses não são raros no Congresso. Enquanto uns se expõem pessoalmente, tendo seus partidos como coadjuvantes nos combates, outros calam-se e deixam o “irmão” sozinho no fogo, como fizeram quando Jesus foi preso. Em Lucas 7, a Bíblia conta que Jesus foi convidado a ir à casa de um fariseu e aceitou o convite.

Chegando lá, “uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento.” (Lc 7.37-38). O fariseu criticou Jesus em seu pensamento. Quando Jesus percebeu, chamou a atenção duramente do fariseu:

“E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos de sua cabeça. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados”. Lucas 7:44-48

Hoje temos os fariseus da política e da fé. Nada fazem, são covardes, se acham guardiães da lei, não intercedem pelo povo que sofre sem hospitais e escolas, sem infraestrutura, cuidam de suas próprias vidas e querem manter-se no poder a qualquer custo. Para esses hipócritas, Jesus Cristo deixou uma boa mensagem em Mateus 23. Deus nos guarde destas raposas.Fonte: Gospel Prime. Por Paulo Teixeira
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