A corte do Egito confirmou neste sábado as sentenças de morte do líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badi, e de 182 partidários do grupo. Eles foram acusados de participar de manifestações violentas contra o golpe de Estado que derrubou o presidente islamista Mohamed Mursi do poder, na cidade de Minya.
A confirmação veio dois meses depois de um tribunal de Minya condenar 683 supostos islâmicos à morte. A decisão foi amplamente criticada pela comunidade internacional e levantou questões sobre a independência do poder judicial no país. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegou a declarar que estava alarmado com a sentença, que parecia “não cumprir com normas básicas de um julgamento justo”.
Apesar de Badi ter desafiado a pena de morte afirmando que iria continuar a luta por sua causa, sua condenação foi confirmada neste sábado. No entanto, os advogados de Badi afirmaram que a decisão pode ser anulada em recurso.
Desde dezembro, o governo militar sentenciou pelo menos mil oponentes à morte.
O grupo condenado é acusado de um ataque a uma delegacia de polícia na cidade de Adwa, perto do sul de Minya, no dia 14 de agosto. Um policial e um civil foram mortos. A ação foi um protesto pela morte de centenas de partidários de Mursi pela repressão policial durante as manifestações no país.
Mohammed Tosson, representante da equipe de defesa dos acusados, disse que 183 pessoas foram condenadas à morte, quatro a prisão perpétua e 496 foram absolvidos.Fonte: O Globo
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